sábado, 17 de julho de 2010

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NA ADMINISTRAÇÃO

Nas organizações as pessoas são responsáveis por atingir objetivos e realizá-los e consequentemente saber a maneira de como utilizar os recursos.
Eficiência e Eficácia são importantes critérios usados para a mensuração e avaliação do desempenho das organizações e também de seus administradores.
Segundo Maximiano (2000), a eficiência é determinante da eficácia: se houver recursos disponíveis, e forem utilizados corretamente, a probabilidade de atingir os objetivos aumenta. A eficácia, porém, depende ainda da escolha dos objetivos corretos, o que, por sua vez depende da compreensão do ambiente e de sua evolução.
Abaixo algumas definições:

Eficiência: se trata da forma de como fazer as coisas no tempo devido sem erros e utilizar somente o necessário dos recursos, por isso podemos dizer que o antônimo de eficiência é o desperdício de recursos.

Eficiência =

(+) Resultados alcançados
____________________

(-) Recursos utilizados
Eficácia: É a comparação entre o que se pretendia fazer e o que definitivamente conseguiu fazer,atingir o objetivo proposto, alcança metas, acerta o alvo. É de fazer a coisa certa na hora certa.

Eficácia =
(+) Resultados (realizados)
___________________
Objetivos ( pretendidos)
Exemplo :


Um bom exemplo é pensarmos em uma partida de futebol onde um time passa a bola com perfeição, faz lançamentos longos e incomparáveis, os jogadores diblam desconcertantes no adversário, trocam passes com apenas um toque. Desta forma estão sendo eficientes, ou seja, fazendo certo aquilo que tem que fazer. Já o adversário num único lance vai ao ataque numa troca de passes sem muita classe, com jogadores quase se atrapalhando mas quando chega na área, num único chute, marca o gol da vitória (eficácia).

Assista mais um exemplo de eficiência e eficácia.


Enfim podemos citar Peter Drucker " Eficiência é fazer as coisas certas de maneira correta, Eficácia são as coisas certas. O resultado depende de fazer certo as coisas certas."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Consumo: História das coisas

Texto: História das coisas


Vocês têm um destes? (desconectando-se de um ipod) Sou louca pelo meu, na verdade adoro todas as minhas coisas. Já se perguntou de onde vêm todas as coisas que compramos e para onde vão quando nos desfazemos delas?Não conseguia deixar de pensar nisso, por isso quis saber mais sobre o assunto. E os livros diziam que as coisas se deslocam ao longo de um sistema: Da Extração para a Produção, para a Distribuição, para o Consumo, e para o Tratamento de Lixo. Isso tudo se chama 'A Economia de Materiais'. Bem, estudei um pouco mais. Eu passei dez anos viajando pelo mundo atrás de pistas de onde vêm as nossas coisas e para onde vão. E sabe o que descobri? Esta não é toda a história. Falta muita coisa nesta explicação. Em primeiro lugar, neste sistema parece que tudo está bem. Sem problemas! Mas, na verdade é um sistema em crise. porque tratar-se de um sistema linear e nós vivermos num planeta finito, e não se pode gerir um sistema linear num planeta finito, indefinidamente. Em todas as suas etapas, este sistema interage com o mundo real. A vida real não acontece numa página em branco, interage com sociedades, culturas, economias, o ambiente, e durante as etapas a vida vai se chocando contra os seus limites. Limites que aqui não vemos porque o diagrama está incompleto. Então, voltemos atrás pra preencher alguns espaços e ver o que falta. Um das coisas mais importantes em falta são as pessoas. Sim, pessoas! As pessoas vivem e trabalham em todas as etapas deste sistema. Onde algumas pessoas são um pouco mais importantes que outras, algumas têm maior poder de decisão. Quem são elas? Comecemos pelo governo. Meus amigos dizem que devia usar um tanque para simbolizar o governo e isso é uma realidade em muitos países, e cada vez mais também no nosso, afinal, mais de 50% dos nossos impostos vão para os militares. Mas vou usar uma pessoa para simbolizar o governo, porque acredito nos valores e na visão de que o governo deve ser das pessoas, pelas pessoas, para as pessoas. A função do governo é olhar por nós, cuidar de nós. É esse o seu trabalho! Depois vêm as corporações. O que leva as corporações parecerem maiores que o governo é porque elas são maiores que o governo. Atualmente, entre as 100 maiores economias na Terra, 51 são corporações. À medida que as corporações foram crescendo em tamanho e poder assistimos a uma pequena mudança no governo, como se estivessem mais preocupados com o bem estar deles do que com o nosso. Muito bem. Então vejamos o que mais falta nesta imagem. Começaremos pela Extração, que é uma palavra pomposa para 'exploração de recursos naturais', que, por sua vez, é uma palavra pomposa para 'destruir o planeta'. A verdade é que cortamos as árvores, arrebentamos as montanhas para extrair os metais, consumimos toda a água e exterminamos os animais. Aqui enfrentamos o nosso primeiro limite. Estamos ficando sem recursos naturais. Estamos utilizando demasiados materiais. Sei que isto pode ser difícil de ouvir, mas é a verdade, por isso temos de lidar com isso. Durante apenas as três últimas décadas, foram consumidos 33% dos recursos naturais do planeta. Desapareceram! Cortamos, minamos, perfuramos e destruímos o planeta tão depressa que estamos debilitando a capacidade do planeta para sustentar o nosso modo de vida. Aonde eu vivo, nos Estados Unidos, resta-nos menos de 4% da nossa floresta original. 40% dos cursos de água estão impróprios para consumo. E o nosso problema não é apenas estarmos utilizando demasiados recursos, mas o fato de estarmos utilizando mais do que a nossa parte. Temos 5% da população mundial, mas usamos 30% dos recursos mundiais Se todos consumissem ao ritmo dos Estados Unidos, precisaríamos de três a cinco planetas. E sabe uma coisa? Só temos um! Então, a resposta do meu país a esta limitação é simplesmente ir tomar dos outros, Este é o terceiro mundo! Que alguém dirá tratar-se apenas de uma expressão para designar o local para onde foram as nossas matérias primas E o que é que acontece? A mesma coisa! Destruição do local! 75% das zonas de pesca do planeta estão sendo exploradas ao máximo ou além da sua capacidade. Desapareceram 80% das florestas originais do planeta. Só na Amazônia, perdemos 2.000 árvores por minuto. O equivalente a um campo de futebol por minuto! Então, e as pessoas que aqui vivem? (apontando para o mapa do terceiro mundo) Bem, de acordo com estes sujeitos, (apontando para as grandes corporações) eles não são donos destes recursos ,mesmo que vivam lá há gerações. Não são donos dos meios de produção e não compram muitas coisas. Neste sistema, quem não possuí nem compra muitas coisas não têm valor. A seguir, as matérias primas seguem para a Produção, aonde utilizamos energia para misturar químicos tóxicos com recursos naturais para produzir produtos contaminados com tóxicos. Há atualmente no comércio, mais de 100.000 químicos sintéticos, apenas um punhado foi testado para avaliar o seu impacto na saúde, e nenhum foi testado em relação aos impactos sinérgicos na saúde, ou seja, à interação com todos os outros químicos aos quais estamos expostos diariamente. Por isso, desconhecemos o impacto total deles na saúde e no ambiente. Mas sabemos uma coisa: os tóxicos entram e saem. Enquanto continuarmos a introduzi-los nos nossos sistemas de produção industrial, continuaremos a inserir estes tóxicos nos produtos que levamos para nossas casas, trabalho e escolas, e claro para nossos corpos. Como os BFRs, ou retardantes de incêndio à base de brometo. que tornam as coisas mais resistentes ao fogo, mas são super tóxicos. São neuro tóxicos, ou seja, tóxicos para o cérebro. O que é que estamos fazendo usando estes químicos? Apesar disso, os usamos em nossos computadores, eletrodomésticos, sofás, colchões e até alguns travesseiros. Sim, pegamos nossos travesseiros, os revestimos com neurotoxinas, os levamos para casa e dormimos por 8 horas com eles!?! Não sei... Mas acho que num país com tanto potencial, poderíamos ter uma maneira melhor de evitar que as cabeças peguem fogo a noite. Sabia que essas toxinas se vão acumulando ao longo da cadeia alimentar e se concentram nos nossos corpos? Sabe qual é o alimento do topo da cadeia alimentar com nível mais elevado de químicos tóxicos? O leite materno. Isto significa que os menores membros das nossas sociedades, os nossos bebês, recebem as maiores doses de químicos tóxicos das suas vidas a partir do leite das suas mães. Não acha que é uma incrível violação? A amamentação deveria ser o mais importante ato humano de nutrição. Devia ser algo sagrado e seguro. A amamentação continua a ser o melhor e as mães devem amamentar, mas nós devíamos proteger esse ato! Eles (indicando as corporações/governos) deviam protegê-lo. Eu pensava que estavam zelando pelos nossos interesses! As pessoas que mais sofrem com estes produtos químicos são os trabalhadores das fábricas, muitos são mulheres em idade reprodutiva que trabalham com toxinas que afetam a gestação, carcinogênicos e muito mais. Agora eu pergunto: que tipo de mulher, em idade reprodutiva, trabalharia num emprego deste, exposta a estas toxinas, a não ser uma mulher sem outra alternativa? Essa é uma das 'maravilhas' deste sistema, A erosão dos ecossistemas e economias locais, aqui, (indicando o terceiro mundo) garante um fluxo constante de pessoas sem alternativas. No mundo, há 200.000 pessoas por dia se deslocando de ambientes que as sustentaram ao longo de gerações, para cidades, aonde muitas vivem em bairros de lata, à procura de emprego, por mais tóxico que seja. Não só os recursos são desperdiçados ao longo deste sistema, mas também pessoas. Comunidades inteiras que são desfeitas. Sim, as toxinas entram e saem. Muitas delas saem das fábricas em produtos, e muitas mais que saem como subprodutos ou poluição, e estamos falando de muita poluição. Nos Estados Unidos, as indústrias admitem liberar mais de 1.800.000 kg de químicos tóxicos por ano. Deve ser muito mais, porque isto é o que eles admitem. Trata-se de outro limite, porque quem quer ver e respirar 1.800.000 kg de químicos tóxicos por ano? Então o que eles fazem? Mudam as fábricas poluidoras para o estrangeiro, para poluir outros países. Mas, surpresa! Grande parte dessa poluição volta para nós trazida pelo vento. E o que acontece depois de todos estes recursos naturais serem transformados em produtos? Passam por aqui, para a distribuição, o que significa vender todo o lixo contaminado com toxinas o mais rapidamente possível. Aqui, o objetivo é manter os preços baixos, com as pessoas comprando os produtos em constante movimento. Como eles mantêm os preços baixos? Pagam salários baixos aos trabalhadores das lojas e restringem o acesso aos seguros de saúde sempre que podem. Tudo se resume em exteriorizar os custos. O verdadeiro custo de produção não se reflete no preço. Em outras palavras, não pagamos aquilo que compramos. Outro dia estive pensando nisto. Ia a caminho do trabalho e queria ouvir as notícias, por isso entrei numa loja para comprar um rádio. Encontrei um pequeno rádio verde e engraçado que custava $4.99 dólares. Na fila do caixa pensei: Como $4.99 podem refletir o custo da produção e transporte deste rádio até ele chegar nas minhas mãos? O metal deve ter sido extraído na África do Sul, o petróleo, provavelmente do Iraque, o plástico, produzido na China, e, talvez, montado por uma criança de 15 anos numa fábrica do México. $4.99 não paga nem o aluguel do espaço ocupado na prateleira nem parte do salário do empregado que me atendeu ou as viagens de navio e caminhão que o rádio fez. Foi assim que eu me apercebi que eu não paguei o valor do rádio. Então, quem pagou? Estas pessoas (indicando o terceiro mundo) pagaram com a perda do espaço dos seus recursos naturais. Estas,(indicando a fábrica) pagaram com a perda do ar puro, com o aumento de doenças como asma e câncer. As crianças do Congo pagaram com o seu futuro, pois 30% delas abandonam a escola para trabalhar nas minas de cortam, um metal que usamos em aparelhos eletrônicos baratos e descartáveis. Estas pessoas pagaram por não terem direito ao seguro de saúde. Ao longo deste sistema, pessoas contribuíram para que eu comprasse o rádio por $4.99. Mas essas contribuições não são registradas por nenhum contabilista. É isto que eu quero dizer com 'exteriorizar o verdadeiro custo de produção'. E isso leva-nos até à seta dourada do Consumo. o coração do sistema, o motor que o impulsiona. É tão importante que proteger esta seta, quase tornou prioridade daqueles dois sujeitos. (o governo e as corporações) É por isso que após o 11 de Setembro, quando o nosso país estava em choque e o presidente Bush poderia ter sugerido fazer luto, rezar, ter esperança... Mas não... ele disse para fazermos compras! Compras! Nos tornamos numa nação de consumidores. Nossa principal identidade passou a ser de consumidores. Não mães, professores, agricultores, mas consumidores! Nosso valor é medido e demonstrado pelo quanto contribuímos para esta seta. Quanto consumimos... Não é isso que fazemos? Compramos, compramos, compramos... Manter os produtos circulando... e como circulam... Sabe qual é a percentagem do total dos produtos que circulam através deste sistema que ainda são usados 6 meses depois da venda na América do Norte? 50%? 20%? Não... Um por cento! Um! Em outras palavras, 99% das coisas que nós cultivamos, processamos, transformamos, 99% das coisas que percorrem o sistema são lixo em menos de 6 meses. Como é que podemos gerir um planeta com este nível de rendimento? Mas não foi sempre assim. Hoje, o consumidor médio americano consome o dobro de há 50 anos. Perguntem à vossa avó. No tempo dela a boa gestão, a engenhosidade e a poupança eram valorizados. Então, como é que isto aconteceu? Bem, não aconteceu simplesmente. Foi planejado. Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, estes sujeitos (as corporações) estudavam a forma de impulsionar a economia. O analista de vendas, Victor Leboux, articulou a solução que se tornaria a norma de todo o sistema. Ele disse: "A nossa enorme economia produtiva" "exige que façamos do consumo a nossa forma de vida," "que tornemos a compra e uso de bens em rituais," "que procuremos a nossa satisfação espiritual" "a satisfação do nosso ego, no consumo..." "Precisamos que as coisas sejam consumidas," "destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior." O conselheiro econômico do presidente Eisenhower disse: "O principal objetivo da economia americana" "é produzir mais bens de consumo." Mais bens de consumo? O nosso principal objetivo? Não é providenciar cuidados médicos, ou educação, ou transportes seguros, ou sustentabilidade ou justiça? Bens de consumo?! Como é que eles nos fizeram adotar este sistema de forma tão entusiástica? Bem, duas das suas estratégias mais bem sucedidas são: a obsolescência planejada e obsolescência perceptiva. Obsolescência planejada é outra forma de dizer "criado para ir para o lixo". Eles fazem as coisas de modo que sejam inúteis tão rápido quanto possível para as jogarmos fora e voltarmos a comprar. Isso é óbvio em sacolas ou copos de plástico, mas agora se verifica isso em coisas maiores como esfregões, DVDs, máquinas fotográficas, churrasqueiras, quase tudo! Até computadores! Já reparou que quando compra um computador, a tecnologia muda tão rapidamente que em pouco anos se torna quase um impedimento para a comunicação? Fiquei curiosa e abri um destes computadores para ver o que tinha dentro. E descobri que a peça que se muda a cada ano é apenas uma pecinha no canto. Mas não se pode mudar apenas essa peça, porque cada nova versão tem um formato diferente, tem de jogar tudo fora e comprar um novo. Estive lendo sobre o design industrial da década de 1950, quando a obsolescência planejada começou a aparecer. Esses designers eram muito claros sobre o assunto. Chegavam a debater quão rápido conseguiam que um aparelho avariasse, mas de modo a que o consumidor mantivesse fé suficiente para ir comprar outro. Foi tão intencional! Mas as coisas não avariam suficientemente rápido para manter esta seta funcionando. Por isso, existe também a obsolescência perceptiva. A obsolescência perceptiva nos convence a jogar fora coisas que ainda são perfeitamente úteis. Como fazem isso? Mudam a aparência das coisas. Por isso, se comprou suas coisas há alguns anos, todos percebem que vocês não têm contribuído para esta seta. E como nosso valor depende da nossa contribuição para esta seta, isso pode ser embaraçoso. Por exemplo, se eu tiver o mesmo monitor de computador gordo e branco na minha mesa por 5 anos, e a minha colega tiver comprado um computador novo, ela vai ter um monitor plano, brilhante que combina com o computador, com o celular e até com as canetas. Ela parece estar operando uma nave espacial, e eu... pareço que tenho uma máquina de lavar na mesa. A moda é outro bom exemplo... Já se perguntou por que os saltos dos sapatos das mulheres passam de largos para finos num ano, e no próximo de finos para largos? Não é por haver um debate sobre qual deles é mais saudável É porque usar saltos largos num ano de saltos finos mostra que não contribuiu recentemente para a seta, por isso não vale tanto quanto a pessoa com saltos finos ao seu lado, ou em um anúncio. É para comprarmos sapatos novos. A publicidade e a mídia em geral têm um papel importante nisto. Cada um de nós nos Estados Unidos, é bombardeado com mais de 3.000 anúncios por dia. Vemos mais publicidade num ano do que as pessoas de há 50 anos viam em toda a vida. Qual é o objetivo de um anúncio se não nos fazer infelizes com o que temos? Por isso, nos dizem 3.000 vezes por dia que o nosso cabelo está errado, nossa pele, nossas roupas, nossos móveis, nossos carros, nós estamos errados... mas tudo se resolve se formos às compras. A mídia também ajuda a esconder tudo isto e tudo isto. (indicando ambos os extremos do fluxo do consumo) Por isso, a única parte da economia que vemos são as compras. A extração, produção e envio para o lixo, acontecem fora do nosso campo de visão. Por isso, nos Estados Unidos temos mais coisas do que tivemos antes, mas pesquisas mostram nossa felicidade declinando. Nossa felicidade teve o seu pico na década de 1950, a mesma época em que a febre consumista explodiu. Acham!! Coincidência interessante! Acho que sei o por que. Temos mais coisas, porém menos tempo para o que realmente nos faz felizes: amigos, família, tempo livre. Estamos trabalhando mais do que nunca. Alguns analistas dizem que não temos tão pouco tempo livre desde a sociedade feudal. E sabem quais são as duas atividades que mais fazemos no pouco tempo livre que temos? Ver televisão e fazer compras! Nós americanos, passamos 3 a 4 vezes mais tempo comprando do que os Europeus. Assim, estamos nesta situação ridícula, vamos trabalhar talvez em dois empregos, e quando chegamos em casa exaustos e sentamos no sofá novo para ver televisão, e os anúncios dizem que não prestamos, então vamos às compras para nos sentirmos melhor, depois trabalhamos mais para pagar o que compramos, e chegamos em casa mais cansados, vemos mais televisão, que nos diz para fazermos compras outra vez, e estamos neste ciclo de "trabalhar – ver - comprar", e podíamos simplesmente parar. Então, no final, o que acontece a todas estas coisas que compramos? Neste ritmo de consumo, não cabe tudo em casa, apesar do tamanho médio das casas ter duplicado neste país desde os anos 70. Vai tudo para o lixo. E isso leva-nos ao Tratamento do lixo. Esta é a parte da economia de materiais que conhecemos melhor, porque nós temos que levar o lixo até à esquina. Cada americano produz 2 kg de lixo por dia, o dobro do que fazíamos há 30 anos. Todo este lixo, ou é despejado num aterro, que é um grande buraco no chão, ou, ainda pior, primeiro é incinerado e depois despejado num aterro. As duas formas poluem o ar, o solo, a água, sem esquecer que alteram o clima. A incineração é realmente ruim. Lembra daqueles tóxicos da fase da produção? Bem, queimar o lixo libera esses tóxicos no ar. Pior ainda, produz super-tóxicos novos, como a dioxina. A dioxina é a substância mais tóxica feita pelo homem, e os incineradores são a principal fonte de dioxinas. Isso significa que podemos parar a principal fonte da mais tóxica substância conhecida e feita pelo homem, simplesmente parando de queimar o lixo. Podemos parar hoje! Algumas empresas não querem criar aterros e incineradores aqui, por isso também exportam os resíduos. Então, e a reciclagem? A reciclagem ajuda? Sim, a reciclagem ajuda. A reciclagem reduz o lixo nesta extremidade, (indicando o Tratamento do lixo) e depois reduz a pressão para minerar e colher mais nesta extremidade. (indicando a matéria prima) Sim, sim, sim, todos devemos reciclar. Mas reciclar não é suficiente. Reciclar nunca será suficiente, por duas razões: Primeiro, o lixo que vem de nossas casas é apenas a ponta do iceberg. Para cada saco de lixo que deixamos na esquina, 70 sacos de lixo são criados anteriormente só para fazer o lixo desse saco que deixamos na esquina. Assim, mesmo que pudéssemos reciclar 100% do lixo das nossas casas, não se chegaria ao coração do problema. Além disso, grande parte do lixo não pode ser reciclado, ou porque contém demasiados tóxicos, ou porque é criado de início para não ser reciclável. Como aquelas caixas de suco que têm camadas de metal, papel e plástico, todas coladas. Não dá para separar essas camadas para reciclá-las. Como se vê, é um sistema em crise. Por todo o percurso, estamos batendo em limites. Do clima em mudança ao decréscimo da felicidade, Simplesmente não está funcionando. Mas a parte boa de um problema tão generalizado é haver tantos pontos de intervenção. Há pessoas trabalhando aqui (indicando o terceiro mundo), salvando florestas, e aqui (indicando a indústria), na produção limpa. Pessoas trabalhando em direitos do trabalho, em comércio justo, em consumo consciente, no bloqueio de aterros e incineradoras. E, muito importante, em recuperar o nosso governo, para que seja realmente pelas pessoas e para as pessoas. Todo este trabalho é criticamente importante, mas as coisas vão realmente começar a se mover quando enxergarmos as ligações, quando enxergarmos o panorama geral. Quando as pessoas ao longo do sistema se unirem, podemos reivindicar e transformar este sistema linear em algo novo, um sistema que não desperdice recursos ou pessoas. Porque aquilo de que precisamos nos livrar é da antiga mentalidade de usar e jogar fora. Há uma nova escola de pensamento neste assunto, e é baseada em sustentabilidade e equidade. Química verde, zero resíduos, produção em ciclo fechado, energia renovável, economias locais vivas. Já está acontecendo. Há quem diga que é irrealista, idealista, que não pode acontecer. Mas eu digo que quem é irrealista são os que querem continuar pelo velho caminho. Isso é que é sonhar. Lembre-se que a velha forma não aconteceu por acaso. Não é como a gravidade, com que temos que conviver. As pessoas as criaram, e nós também somos pessoas, por isso vamos criar algo novo.

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Minha percepção:

Quando limpamos qualquer ambiente interno como nossa casa e escritório, queremos que esses espaços fiquem extremamente limpos e esquecemos da parte externa, o nosso mundo, o nosso meio ambiente,sujamos a parte externa para limpar a parte interna e o que não percebemos é que não só prejudicamos a nós mesmos, como tudo que existe neste mundo, utilizando recursos inuteis que agridem o meio ambiente somente para beneficiar o nosso "cantinho de tijolos" e com isso achamos que estamos "limpinhos". Mas verdade estamos mais "sujinhos" que "limpinhos".

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Compramos tantas coisas sem a necessidade, mas pela vontade de se ter algo melhor e mais atual, pois fomos incentivados para isso, a cada propaganda somos incentivados a comprar e comprar e não percebemos que a cada compra para se ter algo mais atual ou melhor , criamos lixos. Então é preciso que tenhamos conciência e mudemos essa maneira de agir, pensando antes se o que desejamos é extremamente necessário. E a cada lixo criado saber depositar corretamente para que não prejudiquemos o meio ambiente, pois se não tivermos uma disciplina sobre as coisas que criamos, não pensamos em nós mesmos. Vamos viver bem!

Priscila

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fordismo e Taylorismo

Quando debatemos sobre o processo de desenvolvimento da revolução industrial, costumamos privilegiar a importância das inovações tecnológicas como elemento central desse fato histórico. Sem dúvida, a combinação entre a demanda fabril e o conhecimento aprimorado em laboratórios foi de grande importância para que enxergássemos como foi possível a instalação desse novo ritmo de produção e consumo de mercadorias.

Contudo, a simples concepção de novas máquinas não pode ser suficiente para que tenhamos uma noção mais ampla sobre o processo de produção na era industrial. Devemos também salientar que outras interferências nas formas de trabalho e na política administrativa das indústrias também tiveram grande importância. Nesse sentido, a racionalização das atividades industriais garantiu a ampliação dos lucros e o sucesso comercial de uma empresa.

Por muito tempo, os problemas ocorridos durante o processo de fabricação encareciam o valor final do produto e limitava o potencial produtivo de uma indústria. Concomitantemente, para que um bem fosse fabricado, vários funcionários se reuniam e desempenhavam funções aleatórias que limitavam o aperfeiçoamento técnico de cada trabalhador. Em outras situações, a mão de obra de um operário era desperdiçada no tempo em que esperava pela conclusão da tarefa de outro funcionário.

Tentando solucionar esse problema, o empresário norte-americano Henry Ford estabeleceu um eficiente modelo desenvolvido segundo as necessidades de expansão da indústria automobilística. Para tanto, concebeu a chamada linha de produção. Essa linha era composta por uma esteira rolante que movimentava o produto fabricado. A cada movimento, um operário desempenhava uma pequena parcela da montagem do produto industrial.

Por meio desse modelo, Henry Ford conseguiu diminuir o número de problemas que afetavam a qualidade do produto a ser comercializado. Ao mesmo tempo, empreendeu uma nova dinâmica de produtividade ao conseguir fabricar uma quantidade de automóveis nunca antes observada. O sucesso de sua experiência acabou sendo empregado em outros campos da economia industrial. Consequentemente, a possibilidade lucrativa das indústrias aumentou de forma exorbitante.

Outro importante método de racionalização do trabalho industrial foi concebido graças aos estudos desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. Uma de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que a capacidade produtiva dos homens e máquinas atingisse seu patamar máximo. Para tanto, ele acreditava que estudos científicos minuciosos deveriam combater os problemas que impediam o incremento da produção.

Utilizando de uma série de experimentações, Taylor provou que o máximo controle sobre o desempenho das máquinas e do trabalho poderia desenvolver uma indústria. As situações empíricas, ou seja, aquelas que não poderiam ser controladas por meio de dados estatísticos e numéricos deveriam ser expressamente tolhidas. O treinamento, a especialização e o controle seriam as ferramentas básicas que concederiam a interferência positiva na produtividade da indústria.

Ao longo do tempo, a popularização desses conceitos fez com que a demanda por mercados consumidores, matéria prima e mão de obra aumentassem. A indústria que melhor conseguiria atingir e reproduzir as concepções instituídas por Ford e Taylor teria oportunidade de conquistar novos mercados e superar os demais concorrentes comerciais. Até a segunda metade do século XX, estes modelos influenciaram o processo de industrialização em várias partes do mundo.
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Por: Rainer Sousa ,Graduado em História,Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/historiag/fordismo-taylorismo.htm

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O QUE É ADMINISTRAÇÃO?

ADMINISTRAÇÃO é a tomada de decisão sobre recursos disponíveis, trabalhando com e através de pessoas para atingir objetivos, é o gerenciamento de uma organização, levando em conta as informações fornecidas por outros profissionais e também pensando previamente as consequencias de suas decisões. É também a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar.
Os princípios para administrar algo são: planejar, organizar, dirigir e controlar, sendo que as principais funções administrativas são:
  • fixar objetivos;
  • analisar, conhecer os problemas;
  • organizar e alocar os recursos, tanto financeiros, quantos tecnológicos e humanos;
  • liderar, comunicando, dirigindo e motivando pessoas;
  • negociar;
  • tomar decisões;
  • controlar, mensurando e avaliando.

O bom desempenho da administração depende de que o profissional consiga ser um bom líder, capaz de lidar com pessoas, negociando e comunicando, e também apto a tomar decisões, tendo uma visão sistêmica e global da situação que administra.

Existem quatro áreas básicas de atuação do administrador: Finanças, Produção,Marketing e Recursos Humanos, porém o mercado abrange várias áreas de conhecimento. A administração é resultado de um processo de formação que passa pelas mais diversas áreas, desde as exatas, como matemática, até humanas como filosofia.

Cada vez mais está ciência adquire importância na formação de profissionais para estruturar e impulsionar o funcionamento dos mais diversos setores das organizações. Como as empresas adquirem crescente complexidade e tamanho na economia de mercado, é essencial que haja profissionais com competência para administrar. Também ganha valor diante do mercado financeiro , pois busca entender e sistematizar a administração do capital, fator essencial na economia atual.

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http://www.fea.usp.br/conteudo.php?i=193

terça-feira, 13 de julho de 2010

Conheça a História da Administração

A história da Administração iniciou-se num tempo muito remoto, mais precisamente no ano 5.000 a .C, na Suméria, quando os antigos sumerianos procuravam melhorar a maneira de resolver seus problemas práticos, exercitando assim a arte de administrar.



Depois no Egito, Ptolomeu dimensionou um sistema econômico planejado que não poderia ter-se operacionalizado sem uma administração pública sistemática e organizada.



Em seguida, na China de 500 a.C, a necessidade de adotar um sistema organizado de governo para o império, a Constituição de Chow, com seus oito regulamentos e as Regras de Administração Pública de Confúcio exemplificam a tentativa chinesa de definir regras e princípios de administração. Apontam-se, ainda, outras raízes históricas. As instituições otomanas, pela forma como eram administrados seus grandes feudos. Os prelados católicos, já na Idade Média, destacando-se como administradores natos. A Alemanha e a Áustria, de 1550 a 1700, através do aparecimento de um grupo de professores e administradores públicos chamados os fiscalistas ou cameralistas. Os mercantilistas ou fisiocratas franceses, que valorizavam a riqueza física e o Estado, pois ao lado das reformas fiscais preconizavam uma administração sistemática, especialmente no setor público.




Na evolução histórica da administração, duas instituições se destacaram: a Igreja Católica Romana e as Organizações Militares.



A Igreja Católica Romana pode ser considerada a organização formal mais eficiente da civilização ocidental.




Através dos séculos vem mostrando e provando a força de atração de seus objetivos, a eficácia de suas técnicas organizacionais e administrativas, espalhando-se por todo mundo e exercendo influência, inclusive sobre os comportamentos das pessoas, seus fiéis.



As Organizações Militares evoluíram das displicentes ordens dos cavaleiros medievais e dos exércitos mercenários dos séculos XVII e XVIII até os tempos modernos com uma hierarquia de poder rígida e adoção de princípios e práticas administrativas comuns a todas empresas da atualidade.



O fenômeno que provocou o aparecimento da empresa e da moderna administração ocorreu no final do século XVIII e se estendeu ao longo do século XIX, chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e políticas, chamou-se Revolução Industrial.




A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a vapor, por James Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de produção provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e Estados Unidos.




A Revolução Industrial desenvolveu-se em duas fases distintas: a primeira fase de 1780 a 1860. É a revolução do carvão, como principal fonte de energia, e do ferro, como principal matéria-prima. A segunda fase de 1860 a 1914. É a revolução da eletricidade e derivados do petróleo, como as novas fontes de energia, e do aço, como a nova matéria-prima.




Ao final desse período, o mundo já não era mais o mesmo. E a moderna administração surgiu em resposta a duas consequências provocadas pela Revolução Industrial, a saber:
a) crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração científica capaz de substituir o empirismo e a improvização;
b) necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado.




Difícil é precisar até que ponto os homens da Antiguidade, da Idade Média e até mesmo do início da Idade Moderna tinham consciência de que estavam praticando a arte de administrar.
Já no século XX, surge Frederick W. Taylor, engenheiro americano, apresentando os princípios da Administração Cientifica e o estudo da Administração como Ciência.



Conhecido como o precursor da TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, Taylor preconizava a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos “de máxima produção a mínimo custo”, seguindo os princípios da seleção científica do trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência.



Nas considerações da Administração Científica de Taylor, a organização é comparada com uma máquina, que segue um projeto pré-definido; o salário é importante, mas não é fundamental para a satisfação dos funcionários; a organização é vista de forma fechada, desvinculada de seu mercado; a qualificação do funcionário passa a ser supérflua em consequência da divisão de tarefas que são executadas de maneira repetitiva e monótona e finalmente, a administração científica, faz uso da exploração dos funcionários em prol dos interesses particulares das empresas.




Em 1911, Taylor publicou o livro considerado como a “biblia” dos organizadores do trabalho: PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA, que tornou-se um best-seller no mundo inteiro.




Reconhece-se hoje que as propostas pioneiras de Taylor deflagaram uma “febre” de racionalização, que prepararam o terreno para o advento do TQC (Total Quality Control), ocorrido ao longo do pós-guerra.




As propostas básicas de Taylor: planejamento, padronização, especialização, controle e remuneração trouxeram decorrências sociais e culturais da sua aplicação, pois representaram a total alienação das equipes de trabalho e da solidariedade grupal, fortes e vivazes no tempo da produção artesanal. Apesar das decorrências negativas para a massa trabalhadora, que as propostas de Taylor acarretaram, não se pode deixar de admitir que elas representaram um enorme avanço para o processo de produção em massa.




Paralelamente aos estudos de Taylor, Henri Fayol que era francês, defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. Enquanto os métodos de Taylor eram estudados por executivos europeus, os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar a obra de Fayol quando a mesma foi publicada nos Estados Unidos. O ataso na difusão generalizada das idéias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios. Fayol relacionou 14 (quatorze) princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor.



As 05 (cinco) funções precípuas da gerência administrativa como: planejar, comandar, organizar, controlar e coordenar, o já conhecido e exaustivamente estudado nas escolas de administração -PCOCC - são os fundamentos da Teoria Clássica defendida por Fayol. Esta Teoria considera: a obsessão pelo comando, a
empresa como sistema fechado e a manipulação dos trabalhadores, que semelhante à Administração Científica, desenvolvia princípios que buscavam explorar os trabalhadores.




Traçando-se um paralelo entre a Administração Científica e a Administração Clássica, conclui-se que enquanto Taylor estudava a empresa privilegiando as tarefas de produção, Fayol a estudava privilegiando as tarefas da organização. A ênfase dada pelo primeiro era sobre a adoção de métodos racionais e padronizados e máxima divisão de tarefas enquanto o segundo enfatizava a estrutura formal de empresa e a adoção de princípios administrativos pelos altos escalões.



Na história da evolução da Administração não se pode esquecer a valiosa contribuição de Elton George Mayo, o criador da TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS, desenvolvida a partir de 1940, nos Estados Unidos e mais recentemente, com novas idéias, com o nome de Teoria do Comportamento Organizacional. Ela foi, basicamente, o movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração, com ênfase centrada nas PESSOAS. Teve como origem: a necessidade de humanizar e democratizar a administração, o desenvolvimento das chamadas ciências humanas(psicologia e sociologia), as idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin e as conclusões do Experimento de Hawthorne, já bastante estudado e discutido nas escolas de administração. Em 1932, quando a experiência foi suspensa, estavam delineados os princípios básicos da Escola de Relações Humanas, tais como: o nível de produção como res ultante da integração social; o comportamento social do empregado; a formação de grupos informais; as relações interpessoais; a importância do conteúdo do cargo e a ênfase nos aspectos emocionais.




A partir de 1950 foi desenvolvida a Teoria Estruturalista, preocupada em integrar todas as teorias das diferentes escolas acima enumeradas, que teve início com a Teoria da Burocracia de Max Weber, que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins), para que se obtenha o máximo de eficiência.




Convém citar ainda, a Teoria de Sistemas desenvolvida a partir de 1970, que passou a abordar a empresa como um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que o envolve e a Teoria da Contingência, desenvolvida no final da década de 1970. Para essa teoria a empresa e sua administração sã variáveis dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, a medida que o meio ambiente muda, também ocorrem mudanças na empresa e na sua administração como consequência.



Assim sendo, os princípios fundamentais das Teorias de Taylor, Fayol, Mayo e Weber foram e serão sempre os pilares da evolução e do desenvolvimento da ciência da Administração e que têm motivado e impulsionado os estudos, pesquisas,trabalhos e obras dos seus seguidores até os nossos dias.




É importante conhecer a história da Administração no Brasil e os precursores da luta de torná-la reconhecida. A história da Administração iniciou-se em 1931, com a fundação do Instituto da Organização Racional do Trabalho - IDORT, que contava com o Professor Roberto Mange, suíço naturalizado, na sua direção técnica.




Em meados do mesmo ano o Departamento Administrativo do Serviço Público, até hoje conhecido pela sigla DASP, foi fundado pelo Dr. Luiz Simões Lopes. Por este órgão foi criada a Escola de Serviço Público que enviava técnicos de administração aos Estados Unidos para a realização de cursos de aperfeiçoamento, com defesa de tese. Os conhecimentos e as ações desenvolvidas por estes especialistas, no seu retôrno ao país, fez deles pioneiros da Administração no Brasil, como profissão. Novamente sob orientação do Dr. Luiz Simões Lopes, em 1944, foi criada a Fundação Getúlio Vargas, mantenedora da EASP - Escola de Administração de Empresas de São Paulo.




Junto com o DASP, foi criado um cargo exclusivo de Técnico em Administração (hoje Administrador). Sentia-se então a necessidade de institucionalização urgente da profissão do Administrador, como forma de preservar o mercado de trabalho para os que já atuavam na Administração Pública e para os egressos daquelas escolas, bem como, defender a sociedade de pessoas inabilitadas e na maioria despreparadas.



No entanto, institucionalizar uma profissão não é tarefa fácil e a estrtégia adotada deveria consistir na fundação da ABTA - Associação Brasileira de Técnicos de Administração, em 19 de Novembro de 1960, que tinha como símbolo o hexágono.




A entidade recém-criada começou a desenvolver esforços com vistas a preparação de um projeto de lei que institucionalizasse a administração. É de inteira justiça salientar aqui a inestimável colaboração do Professor Alberto Guerreiro Ramos, Técnico de Administração do DASP, na época Deputado Federal, para a aprovação do projeto. Guerreiro Ramos foi decisivamente apoiado pela ABTA na luta pela sanção presidencial, já que a reação de poderosas forças contrárias pugnava pelo veto.



Afinal, com o importante apoio do Diretor Geral do DASP, a Lei nº 4769, foi sancionada em 09 de Setembro de 1965, pelo então Presidente da República, Humberto de Alencar Castelo Branco.




Para implantação da citada Lei, o Ministério do Trabalho nomeou uma Junta Federal presidida por Ibany da Cunha Ribeir, aliada à ABTA, presidida por A. Nogueira de Faria, que forneceu sua estrutura e seus recursos materiais e humanos, implantando assim os Conselhos Regionais de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Bahia.




Entre os que exerceram o cargo de Técnico de Administração no DASP, além dos acima mencionados, podemos citar Celso Furtado e Belmiro Siqueira. Este último ocupou vários cargos naquela repartição pública, dentre eles o de Diretor Geral, em 1967 e 1968.



BELMIRO SIQUEIRA é o Patrono dos Administradores, título que lhe foi outorgado “pos-mortem” e dá nome ao concurso nacional anualmente promovido pelo Sistema CFA/CRAs: prêmio “BELMIRO SIQUEIRA DE ADMINISTRAÇÃO”. Administrador, professor, consultor, assessor governamental, colunista de vários jornais, sempre escrevendo sobre assuntos ligados à sua área de atuação.




Autor de vários trabalhos sobre Administração, foi eleito Conselheiro Federal em 1977 e Vice-Presidente do Conselho Federal de Administração - CFA, até 28 de Novembro de 1987, data de seu falecimento. Na ocasião encontrava-se no exercício da Presidência do CFA. Era mineiro de Ubá, nascido a 22 de Outubro de 1921.




Torna-se imperativo, nesta oportunidade, exaltar a valiosa, decisiva e importante contribuição do Administrador Belmiro Siqueira. cujo talento, profissionalismo e dedicação à nossa categoria ficarão para sempre registrados nos anais da história da Administração, no Brasil.




Os profissionais de administração eram denominados, na época, de Técnicos de Administração, o que transmitia uma conotação de formação escolar de nível médio.




Mais de 02 anos após a publicação dessa Lei ela foi regulamentada através do Decreto 61.934, de 22 de setembro de 1967.




Foi criado então, o órgão responsável pela disciplina e fiscalização do exercício profissional: o CFTA – Conselho Federal de Técnicos de Administração, com a missão de trabalhar pela afirmação da existência e fixação da profissão de Administrador no macro-sistema sócio-jurídico-econômico nacional.




Começaram a ser criados outros Conselhos Regionais nas diversas capitais do país, que hoje compõem o Sistema CFA/CRA’s, com a finalidade de difundir e consolidar a missão do órgão maior (CFTA) da categoria, com abrangência e autonomia nas diversas regiões da Unidade Federativa.




Coincidindo com o 20° aniversário da criação da profissão de Administrador, por força da Lei Federal n°735, de 13 de junho de 1985, foi mudada a denominação de Técnico de Administração para ADMINISTRADOR, após uma vibrante campanha em 1983, coordenada pelo CRA-SP, que levou ao Ministério do Trabalho as reivindicações de todas as instituições do País ligadas ao campo da administração: universidades, faculdades, associações profissionais, sindicatos, além de milhares de assinaturas de profissionais e apoio de centena de Câmaras Municipais.




Inicia-se, assim, um novo tempo de desenvolvimento e aperfeiçoamento da Administração, como Ciência e como Profissão. A tecnologia moderna aliada aos cientistas, pesquisadores e professores, com seus mecanismos, estudos e trabalhos vêm provando que Administrar é necessário, proveitoso e imprescindível em qualquer segmento, contexto ou situação na vida das pessoas, das empresas e das entidades.




Neste ano de 2005 a profissão de Administrador completa, oficialmente, 40 anos de sua criação no Brasil e no decorrer dessas quatro décadas é inegável o crescimento e o aperfeiçoamento das pessoas e instituições que estudam, ensinam, trabalham, dirigem ou fiscalizam a profissão do Administrador, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.




Atualmente existem mais de 1.700 instituições de ensino superior e de especialização na área de Administração, um contingente de mais de 300.000 profissionais registrados em todo país, 600.000 alunos cursando administração, além da demanda aos vestibulares da área, que só perdem para os dos cursos de medicina.




Texto extraído do original da autora: Adm. Lucinda Pimental Gomes Texto publicado no Informativo Mensal do CRA/CE, CRA em Ação, Ano 1 Nº 07 Agosto/Setembro de 2005
Article taken from Faculdade de Administração - FAPI -









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A HISTÓRIA DO TOYOTISMO.

A base do sistema Toyota de produção se estabeleceu com a automação inteligente de Jidoka e com a produção just-in-time do seu filho Kiichiro.

Taiichi Ohno colocou esses conceitos para funcionar sistematicamente com grande apoio de Eiji Toyoda e de sua paixão pela produção.

O conceito de automação inteligente, chamado "Jidoka" nasceu nos teares criados por Sakichi Toyoda o fundador do grupo Toyota.

Tradicionalmente, a tecelagem sempre foi um trabalho manual. O tecelão fornecia o fio horizontal para frente e para trás entre os fios verticais.

Sakichi observava sua mãe trabalhando no tear manual original de madeira em 1890. Esse tear era de fácil operação e quase 50% mais eficiente do que os teares anteriores.

O tecelão poderia mover o condutor do fio para frente e para trás com uma mão e fornecer o fio horizontal ao mesmo tempo. Depois, Sakichi começou a trabalhar em teares mecânicos.

Em 1896, ele criou o primeiro tear mecânico do Japão e continuou aperfeiçoando-os cada vez mais.

Em 1924, Sukichi e seu filho Kiichiro, executaram um feito histórico. Eles criaram o primeiro tear mecânico do mundo que fornecia o tecido e o fio horizontal com segurança, sem interromper o trabalho.

Vamos observar as caracteristicas desse tear mecânico que não parava. O modelo G.

Os teares tradicionais desperdiçavam material em tecidos como esse, quando o fornecedor de fios verticais arrebentava, o que era frequente, para evitar esse desperdício Sakichi e Kiichiro instalaram um medidor fino de metal nos fios verticais. O medidor deslizava e parava o tear se o fio arrebentasse.

Estas inovações de parada automática, para evitar desperdício foram absolutamente extraordinárias Sakichi criou sensores sofisticados e fez isso sem o benefício da tecnologia eletronica e ótica que hoje mal apreciamos. Suas inovações eliminariam as necessidades de um operador para observar cada tear continuamente.Um operador poderia observar mais de trinta teares. O modelo G atraiu muita atenção na Europa e nos Estados Unidos.

Então, os avanços de Sakichi resultaram em máquinas capazes de parar automaticamente se algum problema ocorresse, que não iriam produzir peças com defeito e que eliminariam a necessidade de operadores para observá-las.

O caractere do meio da palavra japonesa para automação "Jidoka" é "do", para movimento. Mas Sakichi substituiu esse caractere por um que significa " trabalho de valor acrescentado". Observe o elemento adicional do lado esquerdo que significa "pessoas". O Jidoka de Sakichi colocou o elemento humano na automação.

Kiichiro incorporou suas operações automobilisticas em 1937 e começou a operar uma fabrica de automóveis. Ele referenciou os métodos americanos de produção em série para suas fábricas e desenvolveu o início da produção just-in-time. A ideia, era eliminar o desperdício produzindo somente o necessário e apenas na quantidade necessária. Produzir carros de qualidade e de desempenho satisfatorio requer empenho total. E Kiichiro iria refinar ainda mais produção just-in-time.

Mas com o início da II Guerra Mundial em 1941, interrompeu seus esforços. Ele instruiu Eiji a colocar a fábrica dentro dos padrões americanos de tecnologia dentro de três anos. Era uma tarefe assustadora. A produtividade e produção nos EUA era oito vezes maior que no Japão. E a Toyota não tinha muitos equipamentos nem capital. Então aumentar a produtividade era uma questão urgente.

Eiji designou um gerente para a oficina de máquinas chamado Taiichi Ohno para desenvolver um sistema de produção mais eficiente. Os dois procuravam uma maneira de aumentar o valor da produtividade de cada operário. E eles fizeram isso utilizando o conceito de Jidoka de Sakichi para o funcionamento em todas as suas operações. Eles também pesaram em maneiras de aumentar os recursos limitados de equipamentos e capital, para isso eles colocaram o conceito just-in-time de Kiichiro para funcionar sistematicamente.

PARTE II - TOYOTA - Lean Manufacturing

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Linha de montagem

LINHA DE MONTAGEM
Trabalho realizado pela minha turma, para a disciplina de Teoria da Administração I1


Os alunos do 3° semestre de Administração do UniFAI, Vila Mariana, período matutino, tiveram como atividade a realização de um café da manhã a pedido da professora de Teoria da Administração, Rosemeire do Carmo Mota, cujo objetivo foi que eles entendessem o que é uma linha de montagem.

A atividade foi executada no dia 11 de março de 2010, na sala de aula, e cada aluno ficou responsável em levar um material de apoio e também exercer uma função a sua escolha.


Foi possível observar os efeitos que levam a entender as diversas fases de um processo produtivo. O procedimento foi semelhante ao de uma montadora: os colaboradores foram encomendados a terceiros e coube-lhes a tarefa de realizar, por meio de uma pretensa linha de montagem, a organização de um café da manhã.


Os alunos puderam identificar que, para que haja uma produção em série é preciso que se saiba perfeitamente identificar um fluxo. Os passos desse fluxo é que determinarão os ganhos de produtividade, aumentando o lucro em função de seu melhor aproveitamento unidade/tempo.


Um fluxo perfeito e otimamente planejado determina o não retrabalho, aumentando a eficiência produtiva. A ideia é que as falhas de processo sejam mínimas, tendendo a zero. Logo, deseja-se que a produção seja feita de forma que o produto desenvolvido não tenha falhas, ou seja, que não retorne ao inicio, mas prossiga corretamente as sequências evitando, assim, a perda de tempo.


Outro fator observado foi a necessidade de ritmo e o entendimento de que para isso é necessário que os produtos estejam armazenados corretamente para que o próximo colaborador não saia prejudicado, evitando descompassos e a própria desorganização do processo produtivo.


Em uma linha de montagem, o seu gerenciamento e planejamento devem levar em conta os aspectos ergonômicos a fim de tornar a produtividade tão elevada quanto o bem estar do operador. Se isso for observado e alcançado, todos sairão ganhando: empregador e empregados.


As críticas ao processo de produção por linha de montagem referem-se ao fato de que o trabalhador conhece apenas uma parte do processo, não o dominando como um todo e tornando-se, assim, um ignorante processual. Hoje em dia, há novas formas de processo produtivo que levam em conta o aspecto anteriormente citado.


















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Alunos do 3° semestre do curso de administração do UNIFAI, Vila Mariana, matutino