domingo, 22 de maio de 2016

Gostei muito de ouvir a empresária Tathiane Deândhela especialista em gestão de tempo.
Mesmo em meio a tantas facilidades que permitem a otimizar o tempo, muitas vezes não damos conta dos ladrões do tempo que diminuem nossa produtividade...
Organize sua agenda e tarefas  determinando as prioridades e tempo para executar cada atividade...
Entrevistada pelo jornalista Mílton Jung, no mundo corporativo da rádio CBN




terça-feira, 3 de maio de 2011

Pesquisa sobre Noções Básicas de Almoxarifado

Noções Básicas De Almoxarifado, Estoque, Transporte De Materiais


Autor: Sergio Lopes de Souza Junior

Noções Básicas de Almoxarifado

  • Histórico dos Almoxarifados Primitivos

O almoxarifado se constituía em um depósito, quase sempre o pior e mais inadequado local da empresa, onde os materiais eram acumulados de qualquer forma, utilizando mão-de-obra desqualificada.

Com o tempo surgiram sistemas de manuseio e de armazenagem bastante sofisticados, o que acarretou aumento da produtividade, maior segurança nas operações de controle e rapidez na obtenção das informações.

O termo Almoxarifado é derivado de um vocábulo árabe que significa " depositar".

  • Conceituação

Almoxarifado é o local destinado à guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado à sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna acondicionados à política geral de estoques da empresa.

O almoxarifado deverá:

  1. assegurar que o material adequado esteja, na quantidade devida, no local certo, quando necessário;

  2. impedir que haja divergências de inventário e perdas de qualquer natureza;

  3. preservar a qualidade e as quantidades exatas;

  4. possuir instalações adequadas e recursos de movimentação e distribuição suficientes a um atendimento rápido e eficiente;

Depositar materiais em um almoxarifado é o mesmo que depositar dinheiro em um banco

Portanto pode-se comparar o esquema de funcionamento do almoxarifado ao de um banco, conforme esquema abaixo :

BANCO

ALMOXARIFADO

Entrada para estoque

Ficha de depósito bancário

Nota fiscal de compra

Saída do estoque

Cheque

Requisição de material

  • Eficiência do Almoxarifado

A eficiência de um almoxarifado depende fundamentalmente :

  1. da redução das distâncias internas percorridas pela carga e do conseqüente aumento do número das viagens de ida e volta;

  2. do aumento do tamanho médio das unidades armazenadas;

  3. da melhor utilização de sua capacidade volumétrica;

  • Organização do Almoxarifado

O organograma funcional do almoxarifado está demonstrado na figura abaixo :

Analisando o organograma funcional de um almoxarifado podemos resumir as suas principais atribuições :

  1. Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa;

  2. Entregar os materiais mediante requisições autorizadas aos usuários da empresa;

  3. Manter atualizados os registros necessários;

Vamos analisar os setores componentes da estrutura funcional do almoxarifado :

  • CONTROLE :

Embora não haja menção na estrutura organizacional do almoxarifado, o controle deve fazer parte do conjunto de atribuições de cada setor envolvido, qual seja, recebimento, armazenagem e distribuição.

O controle deve fornecer a qualquer momento as quantidades que se encontram à disposição em processo de recebimento, as devoluções ao fornecedor e as compras recebidas e aceitas.

  • RECEBIMENTO

As atividades de recebimento abrangem desde a recepção do material na entrega pelo fornecedor até a entrada nos estoques. A função de recebimento de materiais é módulo de um sistema global integrado com as áreas de contabilidade, compras e transportes e é caracterizada como uma interface entre o atendimento do pedido pelo fornecedor e os estoques físico e contábil.

O recebimento compreende quatro fases :

  1. 1a fase : Entrada de materiais;

  2. 2a fase : Conferência quantitativa;

  3. 3a fase : Conferência qualitativa;

  4. 4a fase : Regularização

  • ARMAZENAGEM

A guarda dos materiais no Almoxarifado obedece a cuidados especiais, que devem ser definidos no sistema de instalação e no layout adotado, proporcionando condições físicas que preservem a qualidade dos materiais, objetivando a ocupação plena do edifício e a ordenação da arrumação.

FASES

DESCRIÇÃO

1A FASE

Verificação das condições de recebimento do material;

2A FASE

Identificação do material;

3A FASE

Guarda na localização adotada;

4A FASE

Informação da localização física de guarda ao controle;

5A FASE

Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento;

6A FASE

Separação para distribuição;

  • DISTRIBUIÇÃO

Os materiais devem ser distribuídos aos interessados mediante programação de pleno conhecimento entre as partes envolvidas.

  • DOCUMENTOS UTILIZADOS

Os seguintes documentos são utilizados no Almoxarifado para atendimento das diversas rotinas de trabalho :

  1. Ficha de controle de estoque (para empresas ainda não informatizadas) : documento destinado a controlar manualmente o estoque, por meio da anotação das quantidades de entradas e saídas, visando o seu ressuprimento;

  2. Ficha de Localização (também para empresas ainda não informatizadas) : documento utilizado para indicar as localizações, através de códigos, onde o material está guardado;

  3. Comunicação de Irregularidades : documento utilizado para esclarecer ao fornecedor os motivos da devolução, quanto os aspectos qualitativo e quantitativo;

  1. Relatório técnico de inspeção : documento utilizado para definir, sob o aspecto qualitativo, o aceite ou a recusa do material comprado do fornecedor;

  1. Requisição de material : documento utilizado para a retirada de materiais do almoxarifado;

  1. Devolução de material : documento utilizado para devolver ao estoque do almoxarifado as quantidades de material porventura requisitadas além do necessário;

PERFIL DO ALMOXARIFE

O material humano escolhido deve possuir alto grau de sentimento de honestidade, lealdade, confiança e disciplina.

RECEBIMENTO

  • Conceituação

Recebimento é a atividade intermediária entre as tarefas de compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência dos materiais destinados à empresa.

As atribuições básicas do Recebimento são :

  1. coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais;

  2. analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada;

  3. controlar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos;

  4. proceder a conferência visual, verificando as condições de embalagem quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;

  5. proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos;

  6. decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;

  7. providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor;

  8. liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado;

A análise do Fluxo de Recebimento de Materiais permite dividir a função em quatro fases :

1a fase - entrada de materiais ;

2a fase - conferência quantitativa;

3a fase - conferência qualitativa;

4a fase - regularização;

  • 1a fase - Entrada de Materiais :

A recepção dos veículos transportadores efetuada na portaria da empresa representa o início do processo de Recebimento e tem os seguintes objetivos :

  • a recepção dos veículos transportadores;

  • a triagem da documentação suporte do recebimento;

  • constatação se a compra, objeto da Nota Fiscal em análise, está autorizada pela empresa;

  • constatação se a compra autorizada está no prazo de entrega contratual;

  • constatação se o número do documento de compra consta na Nota Fiscal;

  • cadastramento no sistema das informações referentes a compras autorizadas, para as quais se inicia o processo de recebimento;

  • o encaminhamento desses veículos para a descarga;

As compras não autorizadas ou em desacordo com a programação de entrega devem ser recusadas, transcrevendo-se os motivos no verso da Nota Fiscal. Outro documento que serve para as operações de análise de avarias e conferência de volumes é o "Conhecimento de Transporte Rodoviário de Carga", que é emitido quando do recebimento da mercadoria a ser transportada.

As divergências e irregularidades insanáveis constatadas em relação às condições de contrato devem motivar a recusa do recebimento, anotando-se no verso da 1a via da Nota Fiscal as circunstâncias que motivaram a recusa, bem como nos documentos do transportador. O exame para constatação das avarias é feito através da análise da disposição das cargas, da observação das embalagens, quanto a evidências de quebras, umidade e amassados.

Os materiais que passaram por essa primeira etapa devem ser encaminhados ao Almoxarifado. Para efeito de descarga do material no Almoxarifado, a recepção é voltada para a conferência de volumes, confrontando-se a Nota Fiscal com os respectivos registros e controles de compra. Para a descarga do veículo transportador é necessária a utilização de equipamentos especiais, quais sejam : paleteiras, talhas, empilhadeiras e pontes rolantes.

O cadastramento dos dados necessários ao registro do recebimento do material compreende a atualização dos seguintes sistemas :

  • Sistema de Administração de Materiais e gestão de estoques: dados necessários à entrada dos materiais em estoque, visando ao seu controle;

  • Sistema de Contas a pagar : dados referentes à liberação de pendências com fornecedores, dados necessários à atualização da posição de fornecedores;

  • Sistema de Compras : dados necessários à atualização de saldos e baixa dos processos de compras;

  • 2a fase - Conferência Quantitativa;

É a atividade que verifica se a quantidade declarada pelo fornecedor na Nota Fiscal corresponde efetivamente à recebida. A conferência por acusação também conhecida como " contagem cega " é aquela no qual o conferente aponta a quantidade recebida, desconhecendo a quantidade faturada pelo fornecedor. A confrontação do recebido versus faturado é efetuada a posteriori por meio do Regularizador que analisa as distorções e providencia a recontagem.

Dependendo da natureza dos materiais envolvidos, estes podem ser contados utilizando os seguintes métodos :

  • Manual : para o caso de pequenas quantidades;

  • Por meio de cálculos : para o caso que envolvem embalagens padronizadas com grandes quantidades;

  • Por meio de balanças contadoras pesadoras: para casos que envolvem grande quantidade de pequenas peças como parafusos , porcas, arruelas;

  • Pesagem : para materiais de maior peso ou volume, a pesagem pode ser feita através de balanças rodoviárias ou ferroviárias;

  • Medição : em geral as medições são feitas por meio de trenas;

  • CONFERÊNCIA QUALITATIVA

Visa garantir a adequação do material ao fim que se destina. A análise de qualidade efetuada pela inspeção técnica, por meio da confrontação das condições contratadas na Autorização de Fornecimento com as consignadas na Nota Fiscal pelo Fornecedor, visa garantir o recebimento adequado do material contratado pelo exame dos seguintes itens:

  1. Características dimensionais;

  2. Características específicas;

  3. Restrições de especificação;

  • MODALIDADES DE INSPEÇÃO DE MATERIAIS

São selecionadas a depender do tipo de material que se está adquirindo, quais sejam :

  1. Acompanhamento durante a fabricação : torna-se conveniente acompanhar in loco todas as fases de produção, por questão de segurança operacional;

  2. Inspeção do produto acabado no fornecedor : por interesse do comprador, a inspeção do P. A. será feita em cada fornecedor;

  3. Inspeção por ocasião do fornecimento : a inspeção será feita pôr ocasião dos respectivos recebimentos.

  • DOCUMENTOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE INSPEÇÃO :

  1. especificação de compra do material e alternativas aprovadas;

  2. desenhos e catálogos técnicos;

  3. padrão de inspeção, instrumento que norteia os parâmetros que o inspetor deve seguir para auxiliá-lo a decidir pela recusa ou aceitação do material.

  • SELEÇÃO DO TIPO DE INSPEÇÃO

A depender da quantidade, a inspeção pode ser total ou por amostragem, utilizando-se de conceitos estatísticos.

A análise visual tem por finalidade verificar o acabamento do material, possíveis defeitos, danos à pintura, amassamentos.

A análise dimensional tem por objetivo verificar as dimensões dos materiais, tais como largura, comprimento, altura, espessura, diâmetros.

Os ensaios específicos para materiais mecânicos e elétricos comprovam a qualidade, a resistência mecânica, o balanceamento e o desempenho de materiais e/ou equipamentos.

Testes não destrutivos de ultra-som, radiografia, líquido penetrante, dureza, rugosidade, hidráulicos, pneumáticos também podem ser realizados a depender do tipo de material.

  • REGULARIZAÇÃO

Caracteriza-se pelo controle do processo de recebimento, pela confirmação da conferência qualitativa e quantitativa, respectivamente por meio do laudo de inspeção técnica e pela confrontação das quantidades conferidas versus faturadas.

O processo de Regularização poderá dar origem a uma das seguintes situações :

  1. liberação de pagamento ao fornecedor ( material recebido sem ressalvas);

  2. liberação parcial de pagamento ao fornecedor;

  3. devolução de material ao fornecedor;

  4. reclamação de falta ao fornecedor;

  5. entrada do material no estoque;

  • Documentos envolvidos na Regularização :

Os procedimentos de Regularização, visando à confrontação dos dados, objetivando recontagem e aceite ou não de quantidades remetidas em excesso pelo fornecedor, envolvem os seguintes documentos :

  1. nota Fiscal;

  2. conhecimento de transporte rodoviário de carga;

  3. documento de contagem efetuada;

  4. relatório técnico da inspeção inspeção;

  5. especificação de compra;

  6. catálogos técnicos;

  7. desenhos;

  • Devolução ao Fornecedor

O material em excesso ou com defeito será devolvido ao Fornecedor, dentro de um prazo de 10 dias a contar da data do recebimento, acompanhado da Nota Fiscal de Devolução, emitida pela empresa compradora.

INTERFACES DO SISTEMA DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Falta figura

  • ARMAZENAGEM

A correta utilização do espaço disponível demanda estudo exaustivo das cargas a armazenar, dos níveis de armazenamento, das estruturas para armazenagem e dos meios mecânicos a utilizar.

Indica-se a real ocupação do espaço por meio do indicador " taxa de ocupação volumétrica", que leva em consideração o espaço disponível versus o espaço ocupado.

Para entendermos plenamente a utilização do espaço vertical, há que se analisar a utilidade de paletes para a movimentação, manuseio e armazenagem de materiais. A paletização vem sendo utilizada em empresas que demandam manipulação rápida e armazenagem racional, envolvendo grandes quantidades. A paletização tem como objetivo realizar, de uma só vez, a movimentação de um número maior de unidades. Ao pallet é atribuído o aumento da capacidade de estocagem, economia de mão-de-obra, tempo e redução de custos. O emprego de empilhadeiras e pallets já proporcionou a muitas empresas economia de até 80 % do capital despendido com o sistema de transporte interno.

Inicialmente os pallets eram empregados na manipulação interna de armazéns e depósitos e hoje acompanham a carga, da linha de produção à estocagem, embarque e distribuição. Em razão da padronização das medidas do pallet pelos países como Estados Unidos e Inglaterra, eles passaram a ser utilizados através dos continentes em caminhões, vagões ferroviários e embarcações marítimas.

E o que é um palete ?

Trata-se de uma plataforma disposta horizontalmente para carregamento, constituída de vigas, blocos ou uma simples face sobre os apoios, cuja altura é compatível com a introdução dos garfos da emplilhadeira, e que permite o agrupamento de materiais, possibilitando o manuseio, a estocagem, a movimentação e o transporte num único carregamento.

Falta figura

Os pallets são plataformas, nas quais as mercadorias são empilhadas, servindo para unitizar, ou seja, transformar a carga numa única unidade de movimentação.

  • VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DE PALETES

  1. Melhor aproveitamento do espaço disponível para armazenamento, utilizando-se totalmente do espaço vertical disponível, por meio do empilhamento máximo;

  2. Economia nos custos de manuseio de materiais, por meio da redução do custo da mão-de-obra e do tempo necessário para as operações braçais;

  3. Possibilidade de utilização de embalagens plásticas ou amarração por meio de fitas de aço da carga unitária, formando uma só embalagem individual;

  4. Compatibilidade com todos os meios de transporte (marítimo, terrestre, aéreo);

  5. Facilita a carga, descarga e distribuição nos locais acessíveis aos equipamentos de manuseio de materiais;

  6. Permite a disposição uniforme de materiais, o que concorre para a desobstrução dos corredores do armazém e dos pátios de descarga;

  7. Os paletes podem ser manuseados por uma grande variedade de equipamentos, como empilhadeiras, transportadores, elevadores de carga e até sistemas automáticos de armazenagem;

  • Estudo do layout

Alguns cuidados devem ser tomados durante o projeto do layout de um almoxarifado, de forma que se possa obter as seguintes condições :

  1. máxima utilização do espaço;

  2. efetiva utilização dos recursos disponíveis ( mão de obra e equipamentos );

  3. pronto acesso a todos os itens;

  4. máxima proteção aos itens estocados;

  5. boa organização;

  6. satisfação das necessidades dos clientes.

No projeto de um almoxarifado devem ser verificados os seguintes aspectos :

  1. itens a serem estocados ( itens de grande circulação, grande peso e volume);

  2. corredores (facilidades de acesso);

  3. portas de acesso (altura, largura);

  4. prateleiras e estruturas (altura x peso );

  5. piso (resistência).

  • Critérios de Armazenagem

Dependendo das características do material, a armazenagem pode dar-se em função dos seguintes parâmetros :

  1. fragilidade;

b) combustibilidade;

c) volatilização;

d) oxidação;

e) explosividade;

  1. intoxicação;

  2. radiação;

  3. corrosão;

  4. inflamabilidade;

  5. volume;

  6. peso;

  7. forma;.

Os materiais sujeitos à armazenagem não obedecem regras taxativas que regulem o modo como os materiais devem ser dispostos no Almoxarifado. Por essa razão, deve-se analisar, em conjunto, os parâmetros citados anteriormente, para depois decidir pelo tipo de arranjo físico mais conveniente, selecionando a alternativa que melhor atenda ao fluxo de materiais:

  1. armazenagem por tamanho : esse critério permite bom aproveitamento do espaço;

  2. armazenamento por freqüência : esse critério implica armazenar próximo da saída do almoxarifado os materiais que tenham maior freqüência de movimento;

  3. armazenagem especial, onde destacam-se :

  1. os ambientes climatizados;

  2. os produtos inflamáveis, que são armazenados sob rígidas normas de segurança;

  3. os produtos perecíveis ( método FIFO)

  1. Armazenagem em área externa : devido à sua natureza, muitos materiais podem ser armazenados em áreas externas, o que diminui os custos e amplia o espaço interno para materiais que necessitam de proteção em área coberta. Podem ser colocados nos pátios externos os materiais a granel, tambores e “containers” , peças fundidas e chapas metálicas.

  2. Coberturas alternativas : não sendo possível a expansão do almoxarifado, a solução é a utilização de galpões plásticos, que dispensam fundações, permitindo a armazenagem a um menor custo.

Independentemente do critério ou método de armazenamento adotado é oportuno observar as indicações contidas nas embalagens em geral, conforme mostram as figuras abaixo :

Falta figura
  • Localização de Materiais

O objetivo de um sistema de localização de materiais é estabelecer os meios necessários à perfeita identificação da localização dos materiais. Normalmente é utilizada uma simbologia (codificação) alfanumérica que deve indicar precisamente o posicionamento de cada material estocado , facilitando as operações de movimentação e estocagem.

O almoxarife é o responsável pelo sistema de localização de materiais e deverá possuir um esquema do depósito com o arranjo físico dos espaços disponíveis por área de estocagem.

Sistemass de endereçamento ou localização dos estoques ;

Existem dois métodos básicos : o sistema de endereços fixos e o sistema de endereços variáveis.

  • Sistema de endereçamento fixo :

Nesse sistema existe uma localização específica para cada produto. Caso não haja muitos produtos armazenados , nenhum tipo de codificação formal será necessária. Caso a linha de produtos seja grande, deverá ser utilizado um código alfanumérico, que visa a minimização do tempo de localização dos materiais.

  • Sistema de endereçamento variável :

Nesse sistema não existem locais fixos de armazenagem, a não ser para itens de estocagem especial. Os materiais vão ocupar os locais disponíveis dentro do depósito. O inconveniente desse sistema é o perfeito controle que se deve ter da situação, para que não se corra o risco de possuir material perdido em estoque, que somente será descoberto ao acaso ou durante o inventário. Esse controle deverá ser feito por duas fichas, uma ficha para controle do saldo por item e a outra para controle do saldo por local de estoque.

Apesar de o sistema de endereços variáveis possibilitar melhor utilização do espaço, este pode resultar em maiores percursos para montar um pedido, pois um único item pode estar localizado em diversos pontos Esse método é mais popular em sistemas de manuseio e armazenagem automatizados, que exigem um mínimo de mão-de-obra.

  • Classificação e Codificação dos materiais

Um sistema de classificação e codificação de materiais é fundamental para que existam procedimentos de armazenagem adequados, um controle eficiente dos estoques e uma operacionalização correta do almoxarifado.

Classificar um material significa agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo e uso. Em outras palavras, classificar um material significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-os de acordo com as suas semelhanças. Classificar os bens dentro de suas peculiaridades e funções tem como finalidade facilitar o processo de posteriormente dar-lhes um código que os identifique quanto aos seus tipos, usos, finalidades, datas de aquisição, propriedades e seqüência de aquisição. Por exemplo, com a codificação do bem passamos a ter, além das informações acima mencionadas, um registro que nos informará todo o seu histórico, tais como preço inicial, localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção realizada e previsão de sua substituição.

Codificar um material significa representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras, com base na classificação obtida do material.

A tecnologia de computadores está revolucionando a identificação de materiais e acelerando o seu manuseio.

A chave para a rápida identificação do produto, das quantidades e fornecedor é o código de barras lineares ou código de distribuição. Esse código pode ser lido com leitores óticos (scanners) . Os fabricantes codificam esse símbolo em seus produtos e o computador no depósito decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável para a operação dos sistemas de movimentação interna, principalmente os automatizados.

Outro arquivo – Noções básicas de almoxarifado III

NOÇÕES SOBRE ALMOXARIFADO III

  • Classificação e Codificação dos materiais

Um sistema de classificação e codificação de materiais é fundamental para que existam procedimentos de armazenagem adequados, um controle eficiente dos estoques e uma operacionalização correta do almoxarifado.

Classificar um material significa agrupá-lo segundo sua forma, dimensão, peso, tipo e uso. Em outras palavras, classificar um material significa ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-os de acordo com as suas semelhanças. Classificar os bens dentro de suas peculiaridades e funções tem como finalidade facilitar o processo de posteriormente dar-lhes um código que os identifique quanto aos seus tipos, usos, finalidades, datas de aquisição, propriedades e seqüência de aquisição. Por exemplo, com a codificação do bem passamos a ter, além das informações acima mencionadas, um registro que nos informará todo o seu histórico, tais como preço inicial, localização, vida útil esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção realizada e previsão de sua substituição.

A classificação dos itens é composta de diversas etapas, quais sejam : catalogação, simplificação, especificação, normalização e padronização rumo à codificação de todos os materiais que compõem o estoque da empresa.

Vejamos melhor a conceituação de " classificação ", definindo melhor cada uma dessas etapas :

  • Catalogação : significa o arrolamento de todos os itens existentes de modo a não omitir nenhum deles.

Vantagens da Catalogação :

  1. A catalogação proporciona uma idéia geral da coleção;

  2. Facilita a consulta por parte dos usuários;

  3. Facilita a aquisição de materiais;

  4. possibilita a conferência;

  5. evita duplicidade de codificação;

  • Simplificação : significa a redução da grande diversidade de itens empregados para uma mesma finalidade. Quando duas ou mais peças podem ser usadas para o mesmo fim, recomenda-se a escolha pelo uso de uma delas;

  • Especificação : significa a descrição detalhada de um item, como suas medidas, formato, tamanho, peso etc. Quanto mais detalhada a especificação de um item, menos dúvida se terá a respeito de sua composição e características, mais fácil será a sua compra e inspeção no recebimento.

  • Normalização : essa palavra deriva de normas, que são as prescrições sobre o uso do material; portanto significa a maneira pela qual o material deve ser utilizado em suas diversas aplicações;

  • Padronização : significa estabelecer idênticos padrões de peso, medidas e formatos para os materiais, de modo que não existam muitas variações entre eles. Por exemplo, a padronização evita que centenas de parafusos diferentes entrem em estoque.

Vantagens da Padronização :

  1. Possibilita a simplificação de materiais;

  2. Facilita o processo de normalização de materiais;

  3. Aumenta poder de negociação;

  4. Reduz custos de aquisição e controle;

  5. Reduz possibilidade de erros na especificação;

  6. Facilita a manutenção;

  7. Possibilita melhor programação de compras;

  8. Permite reutilização e permutabilidade

Assim a catalogação, a simplificação, a especificação, a normalização e a padronização constituem os diferentes passos rumo à codificação. A partir da classificação pode-se codificar os materiais .

Codificar um material significa representar todas as informações necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras, com base na classificação obtida do material.

A tecnologia de computadores está revolucionando a identificação de materiais e acelerando o seu manuseio.

A chave para a rápida identificação do produto, das quantidades e fornecedor é o código de barras lineares ou código de distribuição. Esse código pode ser lido com leitores óticos (scanners) . Os fabricantes codificam esse símbolo em seus produtos e o computador no depósito decodifica a marca, convertendo-a em informação utilizável para a operação dos sistemas de movimentação interna, principalmente os automatizados.

ESTRUTURAS METÁLICAS PARA ARMAZENAGEM

Fatores que influenciam na escolha das estruturas metálicas para armazenagem :

  • tipo de material (peso e volume);

  • equipamentos utilizados para a movimentação (empilhadeiras);

  • largura mínima dos corredores;

  • níveis de armazenagem (altura máxima para empilhamento);

Tipos de estrutura metálica para armazenagem:

  • estrutura leve em prateleira de bandeja : adequadas para materiais leves;

  • estrutura porta-palete : as prateleiras são substituídas por um par de

vigas que se encaixam nas colunas, com possibilidade de regulagem da altura.

Os paletes são retirados por empilhadeiras que se movimentam nos

corredores.

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS

Dependendo do tipo de empresa, do tipo de produto ou serviço, do sistema de produção utilizado e de outras características, a movimentação de materiais pode atingir um custo de 15 a 70 % do custo total da produção.

O estudo da movimentação de materiais deve levar em consideração todas as características do processo produtivo, já que faz parte inerente dele.

Dá-se o nome de movimentação de materiais a todo o fluxo de materiais dentro da empresa. A movimentação de materiais é uma atividade indispensável a qualquer sistema de produção e visa não somente o abastecimento das seções produtivas, mas também a garantia da seqüência do processo de produção entre as seções envolvidas.

A movimentação pode ser horizontal ou vertical. É horizontal quando a movimentação se dá em um espaço plano e em um mesmo nível. É vertical quando a empresa utiliza edifícios de vários andares ou níveis de altura.

A movimentação de materiais quando bem administrada pode trazer grandes economias para a empresa e um excelente resultado para a produção.

Principais finalidades da movimentação de materiais :

  1. Aumento da capacidade produtiva da empresa, que pode ser conseguido :

  • através da redução do tempo de fabricação;

  • através do incremento da produção, pela intensificação do abastecimento de

materiais às seções produtivas;

  • utilização racional da capacidade de armazenagem, utilizando plenamente o

espaço disponível e aumentando a área útil da fábrica;

  1. Melhorar as condições de trabalho, proporcionando :

  • maior segurança e redução de acidentes durante as operações com materiais;

  • redução da fadiga nas operações com materiais e maior conforto para o pessoal;

  • aumento da produtividade da mão-de-obra;

  1. Reduzir os custos de produção, através da :

  • redução da mão-de-obra braçal pela utilização de equipamentos de manuseio e transporte;

  • redução dos custos de materiais, através de acondicionamento e transporte adequados que permitam reduzir as perdas ou estragos de materiais;

  • redução de custos em despesas gerais, através de menores despesas de

transporte e menores níveis de estoques de materiais.

  1. Melhorar a distribuição : a distribuição, que se inicia na preparação do produto e

termina no usuário, é grandemente melhorada com a racionalização dos sistemas

de manuseio, através da :

  • melhoria na circulação : criação de corredores bem definidos; endereçamento

fácil; equipamentos eficientes; métodos eficientes de carga e descarga;

  • localização estratégica de almoxarifados : criação de pontos de armazenagem

próximos aos consumidores, para distribuição aos pontos de venda, só é

possível graças aos equipamentos de movimentação e armazenagem;

  • Melhoria dos serviços aos usuários : a proximidade das mercadorias dos

centros consumidores implica em rapidez na entrega, menores riscos de

deterioração ou quebra, menor custo;

  • Maior disponibilidade do produto em cada região ;

EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS :

O manuseio pode ser efetuado das seguintes formas :

  • manualmente;

  • por meio de carrinhos impulsionados manualmente;

  • por meio de emplilhadeiras (não possui limitação de direção horizontal ou

vertical, podendo ser elétrica, com motor a gás, diesel ou gasolina);

  • por meio de paleteiras (tipo de empilhadeira limitada ao manuseio

horizontal);

  • por meio de pontes rolantes : trata-se de equipamento constituído de

estrutura metálica, sustentada por duas vigas, ao longo das quais a ponte

rolante se movimenta; entre as duas vigas corre um carrinho com um gancho;

  • por meio de guindastes : trata-se de equipamento utilizado em área externa,

equipados com lança e com capacidade de carga acima de 5 t.

Quase sempre esses equipamentos servem para o transporte e elevação de cargas. São muito utilizados em áreas de armazenamento de ferro para construção, nas linhas de produção de construção pesada, na recepção e expedição de cargas de grandes proporções e peso, nas indústrias metalúrgicas e siderúrgicas;

  • por meio de transportadores contínuos : são utilizados para o caso de

movimentação constante e ininterrupta de materiais entre dois pontos

predeterminados. É o caso da mineração, dos terminais de carga e descarga,

armazéns de granéis, terminais de recepção e expedição de mercadorias. Sua

maior aplicação na indústria é a linha de montagem na produção em série. Nos

sistemas de produção contínua - como nas fábricas de refrigerantes, cervejas,

óleos alimentícios etc. - os transportadores contínuos são controlados e

integrados por equipamentos eletrônicos, com paradas em pontos determinados.

Ex. : correias transportadoras, esteiras transportadoras, roletes

transportadores, transportadores de fita metálica, transportadores de rosca,

transportadores magnéticos, transportadores vibratórios, transportadores

pneumáticos.

Princípios básicos para a movimentação de materiais :

Para que um sistema de transporte interno seja eficiente é preciso que sejam adotados certos princípios básicos para a movimentação de materiais, quais sejam :

  • obedecer o fluxo do processo produtivo e utilizar meios de movimentação que

facilitem esse fluxo;

  • eliminar distâncias e eliminar ou reduzir todos os transportes entre as operações;

  • usar a força da gravidade sempre que possível;

  • minimizar a manipulação, preferindo meios mecânicos aos manuais;

  • considerar sempre a segurança do pessoal envolvido;

  • utilizar cargas unitárias sempre que possível;

  • procurar a utilização máxima do equipamento, evitando o transporte vazio, isto é

utilizar o sempre o transporte nos dois sentidos de ida e volta;

  • prever sempre um sistema alternativo de transporte, para uso em caso de falha do

principal;

A necessidade de revisão parcial ou total do sistema de movimentação de materiais ocorre quando :

  • homens e mulheres estão manipulando cargas, respectivamente, acima de 30 kg e de 10 kg;

  • materiais estão sendo desviados do caminho mais direto e natural de sua transformação no processo fabril, para fins de inspeção, conferência etc.;

  • pessoal da produção está abandonando seus postos para efetuar operações de transporte;

  • cruzamentos freqüentes de trajetórias de materiais em movimento;

  • os trabalhadores da produção têm de parar até serem supridos de matéria-prima;

  • os materiais vão e voltam na mesma direção por mais de uma vez no seu processo de transformação;

  • cargas acima de 50kg são levantadas por mais de 1 metro sem ajuda mecânica;

  • Custos da Movimentação de Materiais

Os custos de movimentação de materiais constituem geralmente uma parcela significativa do custo total de fabricação. Isso significa que o custo de movimentação de materiais influenciam o custo final do produto /serviço sem contribuir em nada para a sua melhoria. Daí a necessidade de se tentar constantemente baratear o custo do produto/serviço através de uma seleção rigorosa dos meios de movimentação adequados ao sistema de produção utilizado pela empresa.

Os custos de movimentação de materiais são os seguintes :

  1. equipamentos utilizados : capital empatado em equipamentos;

  2. combustível utilizado : ou seja, despesas efetuadas com combustível ou energia para alimentar os equipamentos de movimentação;

  3. pessoal para a operação dos equipamentos : motoristas de tratores ou empilhadeiras, operadores de guindastes ou de elevadores, pessoal auxiliar etc.

  4. manutenção de equipamentos : ou seja despesas com manutenção e com oficinas de consertos, peças e componentes de reposição, bem como com o pessoal da oficina;

  5. perdas de material decorrentes de manuseio, de acidentes na movimentação, quebras, estragos em embalagens;

  • Definição do tipo de movimentação :

Uma série de itens devem ser analisados antes da definição do tipo de equipamento que será utilizado para a movimentação de materiais :

  1. tipo do produto (dimensões, características mecânicas, quantidade a ser transportada;

  2. edificação (layout, espaço entre as colunas, resistência do piso, dimensão das passagens, dos corredores e das portas );

  3. seqüência das operações;

  4. método de armazenagem;

  5. custo da movimentação;

  6. área necessária para o funcionamento do equipamento;

  7. fonte de energia necessária;

  8. deslocamento e direção do movimento;

  9. mão-de-obra;

  10. flexibilidade do equipamento a ser adotado;

  11. grau de supervisão requerido para a operação (transportadores x empilhadeiras);

  12. possibilidade da variação da velocidade do equipamento (adaptação ao volume de expedição e recebimento, ao alto índice eventual de perdas, à ausência ocasional de pessoal e à inexperiência do operário);

  13. tipo de trajetória (fixa : transportador, limitada : ponte rolante, livre : empilhadeiras);

http://www.artigonal.com/administracao-artigos/nocoes-basicas-de-almoxarifado-estoque-transporte-de-materiais-893215.html


Perfil do Autor

Sergio LOpes de Souza Junior
Especialista em automação de projetos de engenharia.
Administrador de CAD/CAE
Administrador de Sistemas de Materiais
Oracle Master Certified
Consultor Técnico

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A obra de Taylor - Suas Constatações e Propostas

Ao pesquisar um pouco mais sobre a Escola da Administração Cientifica de Frederick Taylor, encontrei um artigo muito esclarecedor no site http://www.administradores.com.br/.
Saiba mais sobre a obra de Taylor suas constatações e propostas acessando o link abaixo:
A obra de Taylor %u2013 Suas Constata��es e Propostas

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Conceito de Organizações

Em geral as pessoas criam as organizações, que disponibilizam meios para atender as necessidades da sociedade. Cito algumas delas: água, energia, segurança pública, serviços de saúde, diversão, alimentação, educação, etc.
Recursos e objetivos são termos que define administração e também a organização.
As organizações possuem recursos que levam a realizar, um ou mais objetivos.
Há também dois fatores importantes nas organizações, que são: processo de transformação e divisão do trabalho.
São as organizações que contribuem para os meios de vida das pessoas, pois elas recebem em troca de seu trabalho, salários, abonos, lucros distribuidos e outras formas de remuneração. Essa troca de trabalho por remuneração permite às pessoas de adquirir os bens e serviços que precisam.
As organizações bem administradas fazem com que elas tenham ótimo desempenho, dessa forma, atendem todas as expectativas, o que é importante para clientes, funcionários, acionistas, fornecedores e a comunidade em geral.
A administração é responsável, por fazer a organização capaz de utilizar os recursos e atingir os objetivos.

sábado, 17 de julho de 2010

EFICIÊNCIA E EFICÁCIA NA ADMINISTRAÇÃO

Nas organizações as pessoas são responsáveis por atingir objetivos e realizá-los e consequentemente saber a maneira de como utilizar os recursos.
Eficiência e Eficácia são importantes critérios usados para a mensuração e avaliação do desempenho das organizações e também de seus administradores.
Segundo Maximiano (2000), a eficiência é determinante da eficácia: se houver recursos disponíveis, e forem utilizados corretamente, a probabilidade de atingir os objetivos aumenta. A eficácia, porém, depende ainda da escolha dos objetivos corretos, o que, por sua vez depende da compreensão do ambiente e de sua evolução.
Abaixo algumas definições:

Eficiência: se trata da forma de como fazer as coisas no tempo devido sem erros e utilizar somente o necessário dos recursos, por isso podemos dizer que o antônimo de eficiência é o desperdício de recursos.

Eficiência =

(+) Resultados alcançados
____________________

(-) Recursos utilizados
Eficácia: É a comparação entre o que se pretendia fazer e o que definitivamente conseguiu fazer,atingir o objetivo proposto, alcança metas, acerta o alvo. É de fazer a coisa certa na hora certa.

Eficácia =
(+) Resultados (realizados)
___________________
Objetivos ( pretendidos)
Exemplo :


Um bom exemplo é pensarmos em uma partida de futebol onde um time passa a bola com perfeição, faz lançamentos longos e incomparáveis, os jogadores diblam desconcertantes no adversário, trocam passes com apenas um toque. Desta forma estão sendo eficientes, ou seja, fazendo certo aquilo que tem que fazer. Já o adversário num único lance vai ao ataque numa troca de passes sem muita classe, com jogadores quase se atrapalhando mas quando chega na área, num único chute, marca o gol da vitória (eficácia).

Assista mais um exemplo de eficiência e eficácia.


Enfim podemos citar Peter Drucker " Eficiência é fazer as coisas certas de maneira correta, Eficácia são as coisas certas. O resultado depende de fazer certo as coisas certas."

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Consumo: História das coisas

Texto: História das coisas


Vocês têm um destes? (desconectando-se de um ipod) Sou louca pelo meu, na verdade adoro todas as minhas coisas. Já se perguntou de onde vêm todas as coisas que compramos e para onde vão quando nos desfazemos delas?Não conseguia deixar de pensar nisso, por isso quis saber mais sobre o assunto. E os livros diziam que as coisas se deslocam ao longo de um sistema: Da Extração para a Produção, para a Distribuição, para o Consumo, e para o Tratamento de Lixo. Isso tudo se chama 'A Economia de Materiais'. Bem, estudei um pouco mais. Eu passei dez anos viajando pelo mundo atrás de pistas de onde vêm as nossas coisas e para onde vão. E sabe o que descobri? Esta não é toda a história. Falta muita coisa nesta explicação. Em primeiro lugar, neste sistema parece que tudo está bem. Sem problemas! Mas, na verdade é um sistema em crise. porque tratar-se de um sistema linear e nós vivermos num planeta finito, e não se pode gerir um sistema linear num planeta finito, indefinidamente. Em todas as suas etapas, este sistema interage com o mundo real. A vida real não acontece numa página em branco, interage com sociedades, culturas, economias, o ambiente, e durante as etapas a vida vai se chocando contra os seus limites. Limites que aqui não vemos porque o diagrama está incompleto. Então, voltemos atrás pra preencher alguns espaços e ver o que falta. Um das coisas mais importantes em falta são as pessoas. Sim, pessoas! As pessoas vivem e trabalham em todas as etapas deste sistema. Onde algumas pessoas são um pouco mais importantes que outras, algumas têm maior poder de decisão. Quem são elas? Comecemos pelo governo. Meus amigos dizem que devia usar um tanque para simbolizar o governo e isso é uma realidade em muitos países, e cada vez mais também no nosso, afinal, mais de 50% dos nossos impostos vão para os militares. Mas vou usar uma pessoa para simbolizar o governo, porque acredito nos valores e na visão de que o governo deve ser das pessoas, pelas pessoas, para as pessoas. A função do governo é olhar por nós, cuidar de nós. É esse o seu trabalho! Depois vêm as corporações. O que leva as corporações parecerem maiores que o governo é porque elas são maiores que o governo. Atualmente, entre as 100 maiores economias na Terra, 51 são corporações. À medida que as corporações foram crescendo em tamanho e poder assistimos a uma pequena mudança no governo, como se estivessem mais preocupados com o bem estar deles do que com o nosso. Muito bem. Então vejamos o que mais falta nesta imagem. Começaremos pela Extração, que é uma palavra pomposa para 'exploração de recursos naturais', que, por sua vez, é uma palavra pomposa para 'destruir o planeta'. A verdade é que cortamos as árvores, arrebentamos as montanhas para extrair os metais, consumimos toda a água e exterminamos os animais. Aqui enfrentamos o nosso primeiro limite. Estamos ficando sem recursos naturais. Estamos utilizando demasiados materiais. Sei que isto pode ser difícil de ouvir, mas é a verdade, por isso temos de lidar com isso. Durante apenas as três últimas décadas, foram consumidos 33% dos recursos naturais do planeta. Desapareceram! Cortamos, minamos, perfuramos e destruímos o planeta tão depressa que estamos debilitando a capacidade do planeta para sustentar o nosso modo de vida. Aonde eu vivo, nos Estados Unidos, resta-nos menos de 4% da nossa floresta original. 40% dos cursos de água estão impróprios para consumo. E o nosso problema não é apenas estarmos utilizando demasiados recursos, mas o fato de estarmos utilizando mais do que a nossa parte. Temos 5% da população mundial, mas usamos 30% dos recursos mundiais Se todos consumissem ao ritmo dos Estados Unidos, precisaríamos de três a cinco planetas. E sabe uma coisa? Só temos um! Então, a resposta do meu país a esta limitação é simplesmente ir tomar dos outros, Este é o terceiro mundo! Que alguém dirá tratar-se apenas de uma expressão para designar o local para onde foram as nossas matérias primas E o que é que acontece? A mesma coisa! Destruição do local! 75% das zonas de pesca do planeta estão sendo exploradas ao máximo ou além da sua capacidade. Desapareceram 80% das florestas originais do planeta. Só na Amazônia, perdemos 2.000 árvores por minuto. O equivalente a um campo de futebol por minuto! Então, e as pessoas que aqui vivem? (apontando para o mapa do terceiro mundo) Bem, de acordo com estes sujeitos, (apontando para as grandes corporações) eles não são donos destes recursos ,mesmo que vivam lá há gerações. Não são donos dos meios de produção e não compram muitas coisas. Neste sistema, quem não possuí nem compra muitas coisas não têm valor. A seguir, as matérias primas seguem para a Produção, aonde utilizamos energia para misturar químicos tóxicos com recursos naturais para produzir produtos contaminados com tóxicos. Há atualmente no comércio, mais de 100.000 químicos sintéticos, apenas um punhado foi testado para avaliar o seu impacto na saúde, e nenhum foi testado em relação aos impactos sinérgicos na saúde, ou seja, à interação com todos os outros químicos aos quais estamos expostos diariamente. Por isso, desconhecemos o impacto total deles na saúde e no ambiente. Mas sabemos uma coisa: os tóxicos entram e saem. Enquanto continuarmos a introduzi-los nos nossos sistemas de produção industrial, continuaremos a inserir estes tóxicos nos produtos que levamos para nossas casas, trabalho e escolas, e claro para nossos corpos. Como os BFRs, ou retardantes de incêndio à base de brometo. que tornam as coisas mais resistentes ao fogo, mas são super tóxicos. São neuro tóxicos, ou seja, tóxicos para o cérebro. O que é que estamos fazendo usando estes químicos? Apesar disso, os usamos em nossos computadores, eletrodomésticos, sofás, colchões e até alguns travesseiros. Sim, pegamos nossos travesseiros, os revestimos com neurotoxinas, os levamos para casa e dormimos por 8 horas com eles!?! Não sei... Mas acho que num país com tanto potencial, poderíamos ter uma maneira melhor de evitar que as cabeças peguem fogo a noite. Sabia que essas toxinas se vão acumulando ao longo da cadeia alimentar e se concentram nos nossos corpos? Sabe qual é o alimento do topo da cadeia alimentar com nível mais elevado de químicos tóxicos? O leite materno. Isto significa que os menores membros das nossas sociedades, os nossos bebês, recebem as maiores doses de químicos tóxicos das suas vidas a partir do leite das suas mães. Não acha que é uma incrível violação? A amamentação deveria ser o mais importante ato humano de nutrição. Devia ser algo sagrado e seguro. A amamentação continua a ser o melhor e as mães devem amamentar, mas nós devíamos proteger esse ato! Eles (indicando as corporações/governos) deviam protegê-lo. Eu pensava que estavam zelando pelos nossos interesses! As pessoas que mais sofrem com estes produtos químicos são os trabalhadores das fábricas, muitos são mulheres em idade reprodutiva que trabalham com toxinas que afetam a gestação, carcinogênicos e muito mais. Agora eu pergunto: que tipo de mulher, em idade reprodutiva, trabalharia num emprego deste, exposta a estas toxinas, a não ser uma mulher sem outra alternativa? Essa é uma das 'maravilhas' deste sistema, A erosão dos ecossistemas e economias locais, aqui, (indicando o terceiro mundo) garante um fluxo constante de pessoas sem alternativas. No mundo, há 200.000 pessoas por dia se deslocando de ambientes que as sustentaram ao longo de gerações, para cidades, aonde muitas vivem em bairros de lata, à procura de emprego, por mais tóxico que seja. Não só os recursos são desperdiçados ao longo deste sistema, mas também pessoas. Comunidades inteiras que são desfeitas. Sim, as toxinas entram e saem. Muitas delas saem das fábricas em produtos, e muitas mais que saem como subprodutos ou poluição, e estamos falando de muita poluição. Nos Estados Unidos, as indústrias admitem liberar mais de 1.800.000 kg de químicos tóxicos por ano. Deve ser muito mais, porque isto é o que eles admitem. Trata-se de outro limite, porque quem quer ver e respirar 1.800.000 kg de químicos tóxicos por ano? Então o que eles fazem? Mudam as fábricas poluidoras para o estrangeiro, para poluir outros países. Mas, surpresa! Grande parte dessa poluição volta para nós trazida pelo vento. E o que acontece depois de todos estes recursos naturais serem transformados em produtos? Passam por aqui, para a distribuição, o que significa vender todo o lixo contaminado com toxinas o mais rapidamente possível. Aqui, o objetivo é manter os preços baixos, com as pessoas comprando os produtos em constante movimento. Como eles mantêm os preços baixos? Pagam salários baixos aos trabalhadores das lojas e restringem o acesso aos seguros de saúde sempre que podem. Tudo se resume em exteriorizar os custos. O verdadeiro custo de produção não se reflete no preço. Em outras palavras, não pagamos aquilo que compramos. Outro dia estive pensando nisto. Ia a caminho do trabalho e queria ouvir as notícias, por isso entrei numa loja para comprar um rádio. Encontrei um pequeno rádio verde e engraçado que custava $4.99 dólares. Na fila do caixa pensei: Como $4.99 podem refletir o custo da produção e transporte deste rádio até ele chegar nas minhas mãos? O metal deve ter sido extraído na África do Sul, o petróleo, provavelmente do Iraque, o plástico, produzido na China, e, talvez, montado por uma criança de 15 anos numa fábrica do México. $4.99 não paga nem o aluguel do espaço ocupado na prateleira nem parte do salário do empregado que me atendeu ou as viagens de navio e caminhão que o rádio fez. Foi assim que eu me apercebi que eu não paguei o valor do rádio. Então, quem pagou? Estas pessoas (indicando o terceiro mundo) pagaram com a perda do espaço dos seus recursos naturais. Estas,(indicando a fábrica) pagaram com a perda do ar puro, com o aumento de doenças como asma e câncer. As crianças do Congo pagaram com o seu futuro, pois 30% delas abandonam a escola para trabalhar nas minas de cortam, um metal que usamos em aparelhos eletrônicos baratos e descartáveis. Estas pessoas pagaram por não terem direito ao seguro de saúde. Ao longo deste sistema, pessoas contribuíram para que eu comprasse o rádio por $4.99. Mas essas contribuições não são registradas por nenhum contabilista. É isto que eu quero dizer com 'exteriorizar o verdadeiro custo de produção'. E isso leva-nos até à seta dourada do Consumo. o coração do sistema, o motor que o impulsiona. É tão importante que proteger esta seta, quase tornou prioridade daqueles dois sujeitos. (o governo e as corporações) É por isso que após o 11 de Setembro, quando o nosso país estava em choque e o presidente Bush poderia ter sugerido fazer luto, rezar, ter esperança... Mas não... ele disse para fazermos compras! Compras! Nos tornamos numa nação de consumidores. Nossa principal identidade passou a ser de consumidores. Não mães, professores, agricultores, mas consumidores! Nosso valor é medido e demonstrado pelo quanto contribuímos para esta seta. Quanto consumimos... Não é isso que fazemos? Compramos, compramos, compramos... Manter os produtos circulando... e como circulam... Sabe qual é a percentagem do total dos produtos que circulam através deste sistema que ainda são usados 6 meses depois da venda na América do Norte? 50%? 20%? Não... Um por cento! Um! Em outras palavras, 99% das coisas que nós cultivamos, processamos, transformamos, 99% das coisas que percorrem o sistema são lixo em menos de 6 meses. Como é que podemos gerir um planeta com este nível de rendimento? Mas não foi sempre assim. Hoje, o consumidor médio americano consome o dobro de há 50 anos. Perguntem à vossa avó. No tempo dela a boa gestão, a engenhosidade e a poupança eram valorizados. Então, como é que isto aconteceu? Bem, não aconteceu simplesmente. Foi planejado. Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, estes sujeitos (as corporações) estudavam a forma de impulsionar a economia. O analista de vendas, Victor Leboux, articulou a solução que se tornaria a norma de todo o sistema. Ele disse: "A nossa enorme economia produtiva" "exige que façamos do consumo a nossa forma de vida," "que tornemos a compra e uso de bens em rituais," "que procuremos a nossa satisfação espiritual" "a satisfação do nosso ego, no consumo..." "Precisamos que as coisas sejam consumidas," "destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior." O conselheiro econômico do presidente Eisenhower disse: "O principal objetivo da economia americana" "é produzir mais bens de consumo." Mais bens de consumo? O nosso principal objetivo? Não é providenciar cuidados médicos, ou educação, ou transportes seguros, ou sustentabilidade ou justiça? Bens de consumo?! Como é que eles nos fizeram adotar este sistema de forma tão entusiástica? Bem, duas das suas estratégias mais bem sucedidas são: a obsolescência planejada e obsolescência perceptiva. Obsolescência planejada é outra forma de dizer "criado para ir para o lixo". Eles fazem as coisas de modo que sejam inúteis tão rápido quanto possível para as jogarmos fora e voltarmos a comprar. Isso é óbvio em sacolas ou copos de plástico, mas agora se verifica isso em coisas maiores como esfregões, DVDs, máquinas fotográficas, churrasqueiras, quase tudo! Até computadores! Já reparou que quando compra um computador, a tecnologia muda tão rapidamente que em pouco anos se torna quase um impedimento para a comunicação? Fiquei curiosa e abri um destes computadores para ver o que tinha dentro. E descobri que a peça que se muda a cada ano é apenas uma pecinha no canto. Mas não se pode mudar apenas essa peça, porque cada nova versão tem um formato diferente, tem de jogar tudo fora e comprar um novo. Estive lendo sobre o design industrial da década de 1950, quando a obsolescência planejada começou a aparecer. Esses designers eram muito claros sobre o assunto. Chegavam a debater quão rápido conseguiam que um aparelho avariasse, mas de modo a que o consumidor mantivesse fé suficiente para ir comprar outro. Foi tão intencional! Mas as coisas não avariam suficientemente rápido para manter esta seta funcionando. Por isso, existe também a obsolescência perceptiva. A obsolescência perceptiva nos convence a jogar fora coisas que ainda são perfeitamente úteis. Como fazem isso? Mudam a aparência das coisas. Por isso, se comprou suas coisas há alguns anos, todos percebem que vocês não têm contribuído para esta seta. E como nosso valor depende da nossa contribuição para esta seta, isso pode ser embaraçoso. Por exemplo, se eu tiver o mesmo monitor de computador gordo e branco na minha mesa por 5 anos, e a minha colega tiver comprado um computador novo, ela vai ter um monitor plano, brilhante que combina com o computador, com o celular e até com as canetas. Ela parece estar operando uma nave espacial, e eu... pareço que tenho uma máquina de lavar na mesa. A moda é outro bom exemplo... Já se perguntou por que os saltos dos sapatos das mulheres passam de largos para finos num ano, e no próximo de finos para largos? Não é por haver um debate sobre qual deles é mais saudável É porque usar saltos largos num ano de saltos finos mostra que não contribuiu recentemente para a seta, por isso não vale tanto quanto a pessoa com saltos finos ao seu lado, ou em um anúncio. É para comprarmos sapatos novos. A publicidade e a mídia em geral têm um papel importante nisto. Cada um de nós nos Estados Unidos, é bombardeado com mais de 3.000 anúncios por dia. Vemos mais publicidade num ano do que as pessoas de há 50 anos viam em toda a vida. Qual é o objetivo de um anúncio se não nos fazer infelizes com o que temos? Por isso, nos dizem 3.000 vezes por dia que o nosso cabelo está errado, nossa pele, nossas roupas, nossos móveis, nossos carros, nós estamos errados... mas tudo se resolve se formos às compras. A mídia também ajuda a esconder tudo isto e tudo isto. (indicando ambos os extremos do fluxo do consumo) Por isso, a única parte da economia que vemos são as compras. A extração, produção e envio para o lixo, acontecem fora do nosso campo de visão. Por isso, nos Estados Unidos temos mais coisas do que tivemos antes, mas pesquisas mostram nossa felicidade declinando. Nossa felicidade teve o seu pico na década de 1950, a mesma época em que a febre consumista explodiu. Acham!! Coincidência interessante! Acho que sei o por que. Temos mais coisas, porém menos tempo para o que realmente nos faz felizes: amigos, família, tempo livre. Estamos trabalhando mais do que nunca. Alguns analistas dizem que não temos tão pouco tempo livre desde a sociedade feudal. E sabem quais são as duas atividades que mais fazemos no pouco tempo livre que temos? Ver televisão e fazer compras! Nós americanos, passamos 3 a 4 vezes mais tempo comprando do que os Europeus. Assim, estamos nesta situação ridícula, vamos trabalhar talvez em dois empregos, e quando chegamos em casa exaustos e sentamos no sofá novo para ver televisão, e os anúncios dizem que não prestamos, então vamos às compras para nos sentirmos melhor, depois trabalhamos mais para pagar o que compramos, e chegamos em casa mais cansados, vemos mais televisão, que nos diz para fazermos compras outra vez, e estamos neste ciclo de "trabalhar – ver - comprar", e podíamos simplesmente parar. Então, no final, o que acontece a todas estas coisas que compramos? Neste ritmo de consumo, não cabe tudo em casa, apesar do tamanho médio das casas ter duplicado neste país desde os anos 70. Vai tudo para o lixo. E isso leva-nos ao Tratamento do lixo. Esta é a parte da economia de materiais que conhecemos melhor, porque nós temos que levar o lixo até à esquina. Cada americano produz 2 kg de lixo por dia, o dobro do que fazíamos há 30 anos. Todo este lixo, ou é despejado num aterro, que é um grande buraco no chão, ou, ainda pior, primeiro é incinerado e depois despejado num aterro. As duas formas poluem o ar, o solo, a água, sem esquecer que alteram o clima. A incineração é realmente ruim. Lembra daqueles tóxicos da fase da produção? Bem, queimar o lixo libera esses tóxicos no ar. Pior ainda, produz super-tóxicos novos, como a dioxina. A dioxina é a substância mais tóxica feita pelo homem, e os incineradores são a principal fonte de dioxinas. Isso significa que podemos parar a principal fonte da mais tóxica substância conhecida e feita pelo homem, simplesmente parando de queimar o lixo. Podemos parar hoje! Algumas empresas não querem criar aterros e incineradores aqui, por isso também exportam os resíduos. Então, e a reciclagem? A reciclagem ajuda? Sim, a reciclagem ajuda. A reciclagem reduz o lixo nesta extremidade, (indicando o Tratamento do lixo) e depois reduz a pressão para minerar e colher mais nesta extremidade. (indicando a matéria prima) Sim, sim, sim, todos devemos reciclar. Mas reciclar não é suficiente. Reciclar nunca será suficiente, por duas razões: Primeiro, o lixo que vem de nossas casas é apenas a ponta do iceberg. Para cada saco de lixo que deixamos na esquina, 70 sacos de lixo são criados anteriormente só para fazer o lixo desse saco que deixamos na esquina. Assim, mesmo que pudéssemos reciclar 100% do lixo das nossas casas, não se chegaria ao coração do problema. Além disso, grande parte do lixo não pode ser reciclado, ou porque contém demasiados tóxicos, ou porque é criado de início para não ser reciclável. Como aquelas caixas de suco que têm camadas de metal, papel e plástico, todas coladas. Não dá para separar essas camadas para reciclá-las. Como se vê, é um sistema em crise. Por todo o percurso, estamos batendo em limites. Do clima em mudança ao decréscimo da felicidade, Simplesmente não está funcionando. Mas a parte boa de um problema tão generalizado é haver tantos pontos de intervenção. Há pessoas trabalhando aqui (indicando o terceiro mundo), salvando florestas, e aqui (indicando a indústria), na produção limpa. Pessoas trabalhando em direitos do trabalho, em comércio justo, em consumo consciente, no bloqueio de aterros e incineradoras. E, muito importante, em recuperar o nosso governo, para que seja realmente pelas pessoas e para as pessoas. Todo este trabalho é criticamente importante, mas as coisas vão realmente começar a se mover quando enxergarmos as ligações, quando enxergarmos o panorama geral. Quando as pessoas ao longo do sistema se unirem, podemos reivindicar e transformar este sistema linear em algo novo, um sistema que não desperdice recursos ou pessoas. Porque aquilo de que precisamos nos livrar é da antiga mentalidade de usar e jogar fora. Há uma nova escola de pensamento neste assunto, e é baseada em sustentabilidade e equidade. Química verde, zero resíduos, produção em ciclo fechado, energia renovável, economias locais vivas. Já está acontecendo. Há quem diga que é irrealista, idealista, que não pode acontecer. Mas eu digo que quem é irrealista são os que querem continuar pelo velho caminho. Isso é que é sonhar. Lembre-se que a velha forma não aconteceu por acaso. Não é como a gravidade, com que temos que conviver. As pessoas as criaram, e nós também somos pessoas, por isso vamos criar algo novo.

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Minha percepção:

Quando limpamos qualquer ambiente interno como nossa casa e escritório, queremos que esses espaços fiquem extremamente limpos e esquecemos da parte externa, o nosso mundo, o nosso meio ambiente,sujamos a parte externa para limpar a parte interna e o que não percebemos é que não só prejudicamos a nós mesmos, como tudo que existe neste mundo, utilizando recursos inuteis que agridem o meio ambiente somente para beneficiar o nosso "cantinho de tijolos" e com isso achamos que estamos "limpinhos". Mas verdade estamos mais "sujinhos" que "limpinhos".

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Compramos tantas coisas sem a necessidade, mas pela vontade de se ter algo melhor e mais atual, pois fomos incentivados para isso, a cada propaganda somos incentivados a comprar e comprar e não percebemos que a cada compra para se ter algo mais atual ou melhor , criamos lixos. Então é preciso que tenhamos conciência e mudemos essa maneira de agir, pensando antes se o que desejamos é extremamente necessário. E a cada lixo criado saber depositar corretamente para que não prejudiquemos o meio ambiente, pois se não tivermos uma disciplina sobre as coisas que criamos, não pensamos em nós mesmos. Vamos viver bem!

Priscila

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Fordismo e Taylorismo

Quando debatemos sobre o processo de desenvolvimento da revolução industrial, costumamos privilegiar a importância das inovações tecnológicas como elemento central desse fato histórico. Sem dúvida, a combinação entre a demanda fabril e o conhecimento aprimorado em laboratórios foi de grande importância para que enxergássemos como foi possível a instalação desse novo ritmo de produção e consumo de mercadorias.

Contudo, a simples concepção de novas máquinas não pode ser suficiente para que tenhamos uma noção mais ampla sobre o processo de produção na era industrial. Devemos também salientar que outras interferências nas formas de trabalho e na política administrativa das indústrias também tiveram grande importância. Nesse sentido, a racionalização das atividades industriais garantiu a ampliação dos lucros e o sucesso comercial de uma empresa.

Por muito tempo, os problemas ocorridos durante o processo de fabricação encareciam o valor final do produto e limitava o potencial produtivo de uma indústria. Concomitantemente, para que um bem fosse fabricado, vários funcionários se reuniam e desempenhavam funções aleatórias que limitavam o aperfeiçoamento técnico de cada trabalhador. Em outras situações, a mão de obra de um operário era desperdiçada no tempo em que esperava pela conclusão da tarefa de outro funcionário.

Tentando solucionar esse problema, o empresário norte-americano Henry Ford estabeleceu um eficiente modelo desenvolvido segundo as necessidades de expansão da indústria automobilística. Para tanto, concebeu a chamada linha de produção. Essa linha era composta por uma esteira rolante que movimentava o produto fabricado. A cada movimento, um operário desempenhava uma pequena parcela da montagem do produto industrial.

Por meio desse modelo, Henry Ford conseguiu diminuir o número de problemas que afetavam a qualidade do produto a ser comercializado. Ao mesmo tempo, empreendeu uma nova dinâmica de produtividade ao conseguir fabricar uma quantidade de automóveis nunca antes observada. O sucesso de sua experiência acabou sendo empregado em outros campos da economia industrial. Consequentemente, a possibilidade lucrativa das indústrias aumentou de forma exorbitante.

Outro importante método de racionalização do trabalho industrial foi concebido graças aos estudos desenvolvidos pelo engenheiro norte-americano Frederick Winslow Taylor. Uma de suas preocupações fundamentais era conceber meios para que a capacidade produtiva dos homens e máquinas atingisse seu patamar máximo. Para tanto, ele acreditava que estudos científicos minuciosos deveriam combater os problemas que impediam o incremento da produção.

Utilizando de uma série de experimentações, Taylor provou que o máximo controle sobre o desempenho das máquinas e do trabalho poderia desenvolver uma indústria. As situações empíricas, ou seja, aquelas que não poderiam ser controladas por meio de dados estatísticos e numéricos deveriam ser expressamente tolhidas. O treinamento, a especialização e o controle seriam as ferramentas básicas que concederiam a interferência positiva na produtividade da indústria.

Ao longo do tempo, a popularização desses conceitos fez com que a demanda por mercados consumidores, matéria prima e mão de obra aumentassem. A indústria que melhor conseguiria atingir e reproduzir as concepções instituídas por Ford e Taylor teria oportunidade de conquistar novos mercados e superar os demais concorrentes comerciais. Até a segunda metade do século XX, estes modelos influenciaram o processo de industrialização em várias partes do mundo.
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Por: Rainer Sousa ,Graduado em História,Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/historiag/fordismo-taylorismo.htm